Dietas hiperproteicas são grandes aliadas do emagrecimento. Entenda
Quando bem ajustadas, elas são muito eficientes para promover a perda de gordura
atualizado
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Atualmente, a obesidade representa um dos problemas de saúde pública que mais preocupam as autoridades. Considerada uma doença multifatorial, ela é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal por conta de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia, que pode ser decorrente do excesso calórico ou redução do gasto energético.
Estima-se que cerca de 1,4 bilhão de pessoas no mundo apresentem excesso de massa corporal e 10% sejam obesas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010), a evolução do estado nutricional dos adultos brasileiros, obtida por meio da comparação dos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2008-2009 com o Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF) 1974-1975, demonstrou que, em 34 anos, a prevalência de obesidade aumentou em mais de quatro vezes para homens (de 2,8% para 12,4%) e em mais de duas vezes para mulheres (de 8,0% para 16,9%).
Diante desse cenário, estratégias alimentares que visam um emagrecimento efetivo e sustentável têm sido bastante procuradas.
Muitos estudos apontam que a dieta hiperproteica, quando bem ajustada, pode ser muito eficiente para promover perda de gordura e transformações na massa magra.
Isso acontece porque, dentre os macronutrientes, a proteína é a que mais aumenta o gasto energético em repouso e no pós-prandial, ou seja, pós-refeições, promovendo maior saciedade.
O aumento da proteína dietética em relação ao carboidrato está relacionado com alterações na massa e na composição corporais, no gasto energético, na regulação do apetite, bem como nas mudanças nas concentrações séricas de alguns marcadores metabólicos, a exempla da insulina, glicose, HDLcolesterol (HDL-C), entre outros.
As dietas com percentual proteico elevado, em geral, são utilizadas para minimizar a perda de massa magra no processo de emagrecimento.
Porém, para alcançar o sucesso com segurança a partir dessa estratégia nutricional, é primordial que seja feito um acompanhamento com nutricionista, pois apenas os profissionais de saúde podem orientar o indivíduo sobre a quantidade de ingestão correta e, principalmente, sobre os fatores de riscos caso a pessoa tenha alguma limitação, como doença renal ou outras alterações metabólicas.
Para garantir os benefícios de uma dieta hiperproteica, é necessário e fundamental que a atividade física esteja incluída no “pacote”. Dessa forma, o corpo fará um melhor proveito desse macronutriente.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica