Dieta com feijão, nozes e grãos integrais aumenta a vida em 10 anos
Estudos recentes apontam benefícios promissores em manter esses alimentos na dieta
atualizado
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Uma alimentação baseada em vegetais ou no estilo mediterrâneo pode aumentar o tempo de vida em até 10 anos, sugere um estudo publicado este mês na revista PLOS Medicine.
Para chegar a esses dados, pesquisadores da Universidade de Bergen, na Noruega, criaram uma ferramenta on-line conhecida como Food4Healthylife para calcular a expectativa de vida com base em hábitos alimentares.
O objetivo era usar evidências sobre os efeitos de vários grupos de alimentos na saúde e aplicá-las para mostrar como a mudança na alimentação pode afetar a longevidade. Segundo os especialistas, a meta não era fazer previsões individuais, mas sim focar na saúde de toda a população com base em suposições atuais.
A equipe descobriu que a simples ingestão de uma maior quantidade de plantas e menor ingestão de alimentos processados e industrializados pode adicionar uma década à expectativa de vida, comparando a uma dieta americana com alta ingestão de açúcar, grãos refinados e carnes processadas.
A dieta apresentada pelo estudo é semelhante ao padrão mediterrâneo. Os benefícios não se resumem apenas no aumento da expectativa de vida. As melhorias na dieta também foram associadas ao bom humor, controle de peso e redução nos riscos de doenças crônicas.
As alterações mais relevantes na saúde estavam ligadas à ingestão de feijão, grãos integrais e nozes. O feijão levou o título de melhor alimento para elevar a expectativa de vida.
Frutas e vegetais também foram associados aos benefícios, como porções com peixes gordurosos, a exemplo de salmão, sardinha e bacalhau.
Coma vegetais!
Os vegetais são ricos em fibras, nutriente essencial para saúde digestiva, cardíaca e para controle glicêmico. Nozes e peixes ficam responsáveis por fornecer ômega-3, que pode ajudar a controlar a inflamação e reduzir a pressão arterial.
Carnes processadas, grãos refinados, pão branco e açúcares, por sua vez, estavam ligados a uma expectativa de vida inferior.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica