Descubra qual corante extraído de inseto está presente em diversos alimentos
A praga em questão tem o corpo rico em ácido carmínico, um pigmento natural de coloração avermelhada
atualizado
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Determinados alimentos industrializados de coloração rosa, avermelhada, laranja ou até roxa têm um ingrediente para lá de inusitado na composição: o carmim, um corante extraído do inseto de origem mexicana cochonilha. A praga tem o corpo rico em ácido carmínico, um pigmento natural.
O corante é permitido pelos órgãos regulamentadores, mas é necessário estar atento a algumas questões antes de abusar do consumo de produtos com o componente.
Os itens mais comuns que levam a substância são biscoitos, gelatinas, recheios de bolachas, iogurtes, balas, pirulitos, sorvetes, licores, refrigerantes, chocolates, carnes processadas, geleias e sucos.
Alto potencial alergênico
O grande problema na ingestão desse corante se deve ao seu potencial alergênico, já que diversos indivíduos apresentam reações a ele, muitas vezes sem ter consciência da causa. Existem casos de pessoas que chegaram a ter choque anafilático, ou seja, a forma mais grave de alergia, a partir do consumo de um picolé roxo.
O consumo excessivo de corantes ainda pode provocar distúrbios digestivos, metabólicos e neurológicos. A manifestação da alergia acontece devido a uma proteína presente no inseto.
Outro alerta ao consumir produtos ricos nesse elemento vai para os adeptos da dieta vegana, que optam por não consumir itens de origem animal e costumam desconhecer a base desse tipo de corante.
Para saber se um industrializado contém cochonilha, basta identificar um dos seguintes nomes no rótulo do produto:
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- Corante natural carmim de cochonilha;
- Corante natural;
- C.I 75470;
- E 120;
- Vermelho 3;
- Carmim;
- Cochineal;
- Corante C.I;
- INS 120;
- Corante natural ácido carmínico.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica