De salame a refrigerante: veja como ultraprocessados detonam sua saúde
Estudo recente comprovou o impacto de alimentos ultraprocessados na saúde pública. No Brasil, esse tipo de comida gera 57 mil mortes por ano
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo recente conduzido pela Universidade de São Paulo, Unifesp, Fiocruz e Universidad de Santiago de Chile trouxe informações preocupantes sobre o consumo de alimentos industrializados. Pela primeira vez, a ciência apontou uma associação entre o consumo de ultraprocessados e óbitos. No Brasil, esse tipo de comida gera 57 mil mortes por ano, aproximadamente. O mais surpreendente desses números é o fato deles superarem o de mortes por homicídios no país, estimado em 45,5 mil em 2019 (período da realização da pesquisa).
No mesmo estudo, foi constatado que, das mortes por doenças evitáveis, como doenças cardíacas, obesidade, câncer e outras, 21,8% tiveram correlação com esses alimentos. Se você não se convenceu ainda a cortá-los da dieta, o consumo desse tipo de produto ainda aumenta em 30% o risco de câncer colorretal.
Para quem não sabe, os ultraprocessados não são comida de verdade. Tratam-se de produtos alimentícios com adição de corantes, conservantes, açúcares, sódio e diversos aditivos químicos; e que causam diversos prejuízos à saúde. Podemos considerar ultraprocessados itens como:
- Refrigerantes;
- Macarrão instantâneo;
- Pizzas e alimentos congelados;
- Carnes processadas (a exemplo de peito de peru, salame, salsicha, presunto, biscoitos recheados, salgadinhos e fast foods).
Aumento do risco de obesidade
Eles são prejudiciais por diversas razões, mas podemos destacar o aumento dos riscos de obesidade por desencadear processos inflamatórios no organismo, diminuir a absorção de nutrientes e alterar a microbiota intestinal.
Uma forma eficiente de não fazer parte desses números é priorizar uma alimentação natural, com alimentos minimamente processados, ou seja, que contenham poucos ingredientes nas listas de ingredientes. Priorize o consumo de frutas, vegetais, cereais integrais, iogurtes e grãos integrais.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica