Dá para colocar chocolate na dieta e, mesmo assim, continuar emagrecendo?
A mudança dos hábitos alimentares não pode ter como fim privar o indivíduo de consumir alimentos que goste
atualizado
Compartilhar notícia
Não tem jeito. Por mais que novos doces surjam em uma velocidade impressionante, um dos produtos alimentícios mais desejados das gôndolas dos mercados – e em uma infinidade de cafés e restaurantes – é o chocolate.
Há quem acabe desistindo de fazer dieta porque não consegue viver sem o derivado do cacau.
A falta ou a restrição do ingrediente adocicado é um fator limitante para um grande público na adesão de um planejamento alimentar. Excluir esse docinho do cardápio pode significar sofrimento. Afinal, por que é tão difícil evitar o consumo do chocolate?
A resposta é relativamente simples. Esse produto é muito palatável, e seu consumo está diretamente ligado à sensação de prazer. Isso se deve porque a ingestão estimula a liberação de dopamina no cérebro, diretamente ligado à sensação de prazer e de recompensa. Entre os efeitos pós-consumo, aparece até mesmo uma melhora no humor.
Uma pergunta bem comum na rotina do consultório é se é possível incluir essa delícia na dieta. A boa notícia é que, dá, sim, para comer chocolate e continuar emagrecendo.
A mudança dos hábitos alimentares não pode ter como fim privar o indivíduo de consumir alimentos que goste. O objetivo, na realidade, é melhorar a alimentação em seu contexto geral. Por isso, não faria sentido restringir o chocolate e correr o risco de colocar o paciente em um estado que pode chegar ao de compulsão alimentar.
Educar o paciente para que se satisfaça com uma porção menor é a melhor saída, então, prescrever de 25 a 30g de chocolate por dia pode deixar muita gente satisfeita.
Quando optamos por chocolate com teor de 70% de cacau, aliás, nos beneficiamos com inúmeras propriedades benéficas desse fruto. Isso porque as sementes do cacau são ricas em compostos fenólicos. Isso confere um alto poder antioxidante, o que ajuda, inclusive, a prevenir acúmulo de gordura.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que pessoas que comem chocolate por mais vezes são mais magras do que aquelas que consomem raramente.
Se as pesquisas concluem que optar por chocolate do tipo amargo confere muitos benefícios na saúde, seria inteligente seguir esse caminho na prescrição nutricional. O paciente, é claro, é quem agradece!
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica