Cuidado: fazer jejum intermitente pode alterar o seu humor
Apesar de popular, a prática não é indicada para todos
atualizado
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Prática muito antiga na humanidade e popular quando o assunto é emagrecimento, o jejum intermitente consiste em passar um período do dia em privação alimentar.
Existem algumas variações em relação ao tempo. Há quem opte por jantar às 18h, deixando a próxima refeição apenas para o dia seguinte, totalizando de 14 a 18 horas sem comer nada.
Ainda que tenham sido levantados diversos benefícios em relação a essa estratégia, nem tudo são flores. Um estudo feito pela Universidade de São Paulo revelou que o jejum intermitente de 24 horas, por exemplo, aumentou o risco de diabetes em ratos. Apesar de o jejum ter apresentado malefícios nos animais analisados, é necessário investigar se esses efeitos se repetiriam em seres humanos.
Atualmente, não há consenso na ciência sobre esse protocolo. Além da consequência citada anteriormente, optar por essa estratégia também pode gerar efeitos neurotóxicos.
Estudo recente demonstrou que alguns indivíduos podem sofrer pioras do humor ao ficar longas horas sem comer. Nesses casos, foi percebido um aumento de comportamentos impulsivos, agressivos e até punitivos.
Independentemente de ser uma prática boa ou ruim, o jejum não é indicado para todos. É necessário um acompanhamento profissional a fim de detectar, sob o aspecto nutricional, se você está apto a segui-lo.
Além disso, ele não deve ser feito todos os dias da semana. A moderação também é necessária. Para quem não se adapta ao jejum, a vantagem é que o método emagrece apenas porque o indivíduo acaba ingerindo menos calorias, logo, outras medidas que envolvam a redução de calorias também são efetivas e devem ser consideradas.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica