Crononutrição: entenda o que (e quando) comer para emagrecer sem neura
Definir o momento certo do dia para cada tipo de alimento pode resultar em uma melhor produção hormonal e prevenir a obesidade
atualizado
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Estudos indicam que entender o corpo é a melhor forma de alcançar uma saúde plena e um funcionamento equilibrado do organismo. Nesse sentido, uma nova forma de ver a alimentação tem ganhado força e adeptos. A crononutrição alinha áreas de conhecimento da cronologia e da nutrição, e indica qual o melhor horário para cada tipo de refeição. Além disso, mostra como essa sincronização otimiza a produção hormonal, evita a obesidade e auxilia quem está na busca pelo emagrecimento.
Durante as 24 horas do dia, o corpo humano passa por oscilações biológicas que realizam as funções dos processos metabólicos e fisiológicos. Esses, por sua vez, são controlados pelo relógio circadiano, que trabalha de acordo com as informações que recebe ao longo do dia e da noite.
Esse ritmo circadiano foi desenvolvido após anos de rotina dos nossos ancestrais que, durante o dia, iam caçar e se alimentar e, à noite, descansar e recompor suas energias. Esse foi a forma a qual o corpo se adaptou e ainda trabalha: dia mais ativo, noite mais tranquila.
“Atualmente, a rotina bagunçou o relógio biológico. Temos menos tempo para tomar café da manhã. Usamos smartphone, computador e televisão durante à noite. Tudo isso atrapalha o relógio biológico”, explica a nutricionista esportiva Priscila Rodrigues.
Cronodisrupção
Esse é nome dado quando ocorre a interrupção dos processos naturais do corpo. Quando há essa quebra do ritmo, alguns índices são alterados, como o sono, a fome, e o metabolismo de glicose e gordura.
Pesquisas indicam que a falta de um padrão regular nos horários das refeições favorece a obesidade e o risco cardiovascular. Um artigo publicado na Nutrition and Diabetes indicou que o momento em que sentamos à mesa para comer tem um efeito importante na diabetes do tipo 2.
Refeições e horários
De acordo com a nutricionista, um dos grandes erros é pular o café da manhã. “Quando comemos pela manhã, essa refeição ativa alguns genes que funcionam como reloginhos no corpo e informam que o dia começou”, alerta. Além disso, é no período da manhã que há uma redução da leptina e aumento do cortisol, o hormônio do estresse. “Devido à essa produção hormonal, é importante que a primeira refeição do dia tenha carboidrato, proteína e fibras. Evite alimentos muito gordurosos”, indica a nutricionista.
” Muitos estudos mostram que pular o café da manhã aumenta em 2,5 vezes o ganho de peso”, pontua a especialista. “Nosso corpo precisa de padrões, ter horários é muito importante para os genes”, explica Priscila.
Ao longo do dia, quando o corpo consegue processar melhor alguns alimentos, a alimentação se torna um pouco mais “livre”. Então, o consumo de carboidratos e gorduras vegetais e naturais pode ser levado em consideração. Nesse intervalo maior, que dura entre 11h e 17h, o corpo também precisa de energia para prosseguir com as tarefas necessárias. Essa rotina, porém, muda à noite.
Ao final do dia, a indicação de Rodrigues é dar uma “desligada” na rotina. Fique longe do celular, da TV e do computador. Refeições muito pesadas também devem ser evitadas para não atrapalhar a produção do hormônio do crescimento e da melatonina, que ajuda no sono.
“De preferência, tenha um horário limite para jantar. Tente comer até às 20h, por exemplo. A exceção é se você fizer atividade física no período noturno. Nesse caso, o seu corpo precisa de nutrientes. O horário pode ser prolongado”, esclarece Rodrigues.
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