Como Wanessa Camargo, aprenda a aderir ao veganismo de forma saudável
É necessário, antes de tudo, focar a base da alimentação em produtos naturais, excluindo os industrializados
atualizado
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A revolução vegana é uma realidade cada vez mais presente em todo o mundo. Questões como saúde, sustentabilidade e respeito aos animais são algumas das principais motivações para a adesão desse modelo alimentar, que se abstém de qualquer alimento ou produto de origem animal.
Não é raro encontrar pessoas que optam por esse lifestyle, como a cantora Wanessa Camargo, que decidiu mudar o estilo de vida por influência do namorado, Dado Dolabella, desde julho. Trata-se, de fato, de um modelo alimentar saudável, mas que deve ser feito com atenção especial aos nutrientes, principalmente ferro, vitamina B12, cálcio e vitamina D.
É necessário, antes de tudo, focar a base da alimentação em produtos naturais, excluindo os industrializados. Todo cuidado é pouco!
Para que essa dieta dê certo e não deixe a desejar nos aspectos de bem-estar, é necessário ter em mente que você precisará comer um maior volume de alimentos. Isso mesmo: já que não terá proteínas de fonte animal, invista em uma maior quantidade de vegetais para alcançar essa necessidade.
A ingestão proteica diária de quem busca ganho de massa magra oscila entre 1.5 a 2.2 g de proteína por quilo de peso. Para um indivíduo de 60 kg, isso representaria entre 90 a 132 g de proteína por dia. Para isso, é interessante que um nutricionista organize o plano alimentar, priorizando vegetais com maior teor proteico — a exemplo de soja, amendoim, tremoço — e itens como amêndoa, castanha e feijão.
Outro detalhe importante é que a principal fonte de ferro heme (um tipo do mineral melhor absorvido pelo nosso organismo) são proteínas animais. Por isso, a atenção na elaboração desse tipo de dieta e os cuidados na ingestão diária dos nutrientes irão ditar se ela trará benefícios ou não.
Àqueles que não terão fácil acesso a certos alimentos, outra opção a ser pensada é a suplementação. Shakes proteicos e complexos vitamínicos podem ser pensados também para impedir que a ingestão fique aquém do ideal.
Por fim, a dieta vegetariana já foi associada às menores taxas de riscos de doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer e atribuímos isso a maior ingestão de fibras, através dos vegetais, e também pelo menor consumo de gorduras saturadas e trans, normalmente presentes em alimentos de fonte animal ou industrializados.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica