Ciência revela alimentos que aumentam risco de 34 tipos de câncer
Alimentos ultraprocessados elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer; descubra quais são eles
atualizado
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Uma pesquisa realiza pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que a alimentação pode ser responsável por 57 mil mortes anuais no Brasil, superando homicídios e acidentes de carro. Recentemente, um novo estudo, compartilhado na revista científica eClinical e realizado no Reino Unido, comprovou o impacto das escolhas alimentares no estilo de vida.
Segundo a publicação, alimentos industrializados e ultraprocessados — ricos em óleos, gorduras, açúcar, corantes, aromatizantes e outros componentes químicos — foram associados ao aumento da incidência de 34 tipos de câncer.
A pesquisa acompanhou 197.426 indivíduos com idades entre 40 a 69 anos. Os dados foram coletados de 2009 a 2021. Para alcançar resultados representativos, foram eliminados participantes que já apresentavam princípio de câncer.
Os resultados foram preocupantes. Ao final do período de estudo, quase 16 mil pessoas desenvolveram algum tipo de tumor maligno.
Um dado chamou atenção: um simples aumento de 10% no consumo desse tipo de alimento elevou o risco de câncer geral em 2%. No caso das mulheres, por exemplo, a chance de ter câncer de ovário subiu 19%.
A pesquisa ainda revelou que os participantes concentravam quase 50% das calorias da alimentação em produtos ultraprocessados. Na lista, entram salgadinhos, biscoitos, macarrão instantâneo, comidas congeladas, refrigerantes, salsichas, salame e outros.
Eles elevam a chance de desenvolvimento da doença por fornecerem calorias vazias, pobres em nutrientes e repletas de produtos químicos. Além disso, são porta de entrada para quadros como diabetes, hipertensão, obesidade e outros que aumentam a inflamação.
Embora muita gente coloque frutas, verduras e outros ingredientes naturais na lista de compras, o consumo de ultraprocessados vem crescendo, segundo o IBGE. Apesar de não existir alimento proibido, a preocupação com a quantidade e frequência deles se mostra fundamental, já que, entre o remédio e o veneno, a diferença é a dose.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica