Beber café x ingerir cafeína como suplemento: o que dá mais resultado?
Para finalidades esportivas, o uso recomendado de cafeína é de 3 a 6 mg por quilo de peso por dia. Doses altas colocam a saúde em risco
atualizado
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Na última semana, celebrou-se o Dia Mundial do Café, segunda bebida mais consumida do mundo, atrás apenas da água. É normal conhecer alguém que não consome o líquido na parte da tarde porque ele prejudicaria o sono, ou o associam à insônia. Muitos buscam-no, por exemplo, para um treino ou em dias em que precisam ser mais produtivos.
Além do café, a erva-mate, o chá-verde e o chocolate têm um elemento em comum: a cafeína, o estimulante mais consumido do mundo.
Uma dúvida que fica é se consumir café ou cafeína em forma de suplemento irá ter o mesmo resultado em termos de disposição e absorção da substância.
O teor de cafeína no café pode variar de acordo com o tipo de grão, a quantidade e modo de preparo da bebida. No suplemento, por sua vez, dá para mensurar o valor exato de cafeína que você está consumindo.
Para finalidades esportivas, o uso recomendado de cafeína é de 3 a 6 mg por quilo de peso por dia. Doses altas podem colocar a saúde em risco. Já aquelas abaixo de 3 mg não irão promover muitas vantagens na performance.
A cafeína anidra, versão sem adição de água, presente nos suplementos, além de ser mais concentrada, tende a ser absorvida de forma mais rápida do que a cafeína convencional do café.
Se você não faz questão ou não gosta de ingerir café, o suplemento em cápsulas é uma boa alternativa, contanto que você seja saudável. Além de ser absorvida mais rapidamente, o efeito é mais intenso. Mais que essas vantagens, o suplemento contém a dose exata da substância, tornando mais fácil o controle da quantidade a ser ingerida.
Em outro caso, se você preza pela ingestão do seu cafezinho quentinho diariamente, é preciso ter em mente de que tipo e com qual método foi feita a bebida. Enquanto em 80ml possui 120 mg de cafeína, em 50ml do tipo filtrado possui apenas 35 mg.
Lembrando que outras substâncias, como Coca-Cola, chocolate e chás, também possuem a substância. Dessa forma, é mais complicado mensurar o valor de cafeína ingerido, a depender da rotina alimentar de cada um.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica