Açúcar x adoçante: limite diário de consumo é surpreendente; descubra
Saiba qual a quantidade ideal de consumo de açúcar e adoçante dentro de uma dieta saudável, segundo a OMS e a Anvisa
atualizado
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Muita gente se questiona, no cotidiano, sobre a diferença de consumo entre açúcar e adoçante. Abaixo, destaco as diferenças — e o surpreendente limite diário recomendado para cada um, que varia bastante de uma substância para a outra.
A maioria dos adoçantes não têm calorias. Normalmente, eles são consumidos por quem quer emagrecer ou por quem precisa controlar a ingestão de açúcar, como pessoas com diabetes.
Independentemente da escolha, vale frisar que é preciso moderação. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite diário de açúcar não deve exceder 10% das calorias diárias. Ou seja, se você consome 2.000 calorias, apenas 200 calorias devem vir do açúcar adicionado aos alimentos — nesse caso, equivale a 50 gramas.
Já em relação aos adoçantes, é necessário respeitar os limites de segurança diários estabelecidos por diretrizes e pesquisas que atestam a segurança no consumo.
Todo adoçante passa por uma avaliação toxicológica antes de ser liberado, inclusive pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para se ter ideia, o limite de consumo diário aceitável da sucralose é de 5 mg para cada quilo de peso. Para um indivíduo de 70 kg, isso representaria 420 gotas. Já a OMS aceita um limite três vezes maior, de 15 mg por kg de peso, referência utilizada no Brasil.
O limite do acesulfame de potássio é de 15 mg/kg, ou seja, 1.080 gotas para uma pessoa com o mesmo peso. A sacarina, 420 gotas; e ciclamato de sódio, até 840 gotas. O aspartame, por outro lado, tem o limite até 3.360 gotas.
Lembrando que as versões que contêm sódio não devem ser utilizadas por quem sofre com problemas de pressão, como ciclamato de sódio e a sacarina.
Usado de forma pontual, além de não acrescentar calorias às refeições, os adoçantes são, sim, seguros. Já o açúcar tem 4 calorias por grama, um risco se ingerido sem cautela.
Lembrando que não existem estudos atestando a segurança de adoçantes em gestantes, por isso, esses produtos não são recomendados a esse público.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica