Não emagrece? 13 substâncias “invisíveis” que impactam a perda de peso
Compostos químicos presentes no ambiente também podem ser associados ao desenvolvimento do excesso de peso
atualizado
Compartilhar notícia
Será que a obesidade pode ser causada apenas por uma alimentação de baixa qualidade nutricional e sedentarismo, ou existem alterações químicas que podem ser responsabilizadas pelo surgimento do quadro?
Assunto que gera bastante polêmica, a obesidade é uma condição que preocupa órgãos e entidades internacionais de saúde pública. Entretanto, há quem ainda fale da doença de forma preconceituosa, atribuindo a um suposto desleixo ou à preguiça.
É preciso entender que existem processos químicos que estão por trás dela e, dessa forma, tornam a condição um tanto complexa. Nos últimos anos, foi revelado que certos compostos químicos presentes no ambiente também podem ser associados ao desenvolvimento do excesso de peso ou obesidade na população.
Conhecidas como obesogênicos, essas substâncias produzem aumento do tecido adiposo branco ou massa gorda pela exposição a elas por ingestão, contato ou inalação de ar contaminado.
Entre essas substâncias, as mais conhecidas são bisfenol A, bifenilas policloradas, ftalatos, éteres difenílicos, polibromados, substâncias perfluoroalquiladas e polifluoralquiladas, parabenos, acrilamida, alquilfenóis, dibutilestanho ou alguns metais pesados, caso do cádmio e arsênico.
Presentes na rotina em detergentes, alimentos, recipientes de plástico, roupas e cosméticos podem ser difíceis de serem evitados.
A pergunta “de milhões” é: como eles seriam capazes de nos fazer engordar?
Mesmo não causando obesidade, essas substâncias podem ter alguma influência no excesso de peso por meio do aumento do número e do tamanho das células responsáveis pelo acúmulo de gordura.
Esse tecido adiposo branco pode colaborar com a obesidade e doenças metabólicas, através também de reações inflamatórias e de estresse oxidativo, que por sua vez, causam acúmulo de glicose e gorduras em vários órgãos, principalmente no fígado.
Além disso, essas substâncias ainda podem impactar na microbiota intestinal, que ajudam
na regulação e absorção de gorduras e outras funções.
Quanto mais cedo a exposição a esses compostos, maior o impacto na saúde a longo prazo.
Por fim, as evidências científicas não apenas revelam esses achados como também nos motivam a evitar certas atitudes no dia a dia, a fim de diminuí-las.
Algumas dicas válidas são: evitar cigarros, reduzir o consumo de alimentos embalados,
diminuir o uso de plásticos, limitar o consumo de alimentos com pesticidas e incentivar
reciclagem e reutilização de itens possíveis.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica