Não é o sal! Alimento comum pode aumentar 88% risco de problema renal

Para quem quer viver bem, prezar por uma alimentação de qualidade corresponde a uma regra inegociável. Enquanto alguns alimentos  atuam em prol da saúde, outros podem representar uma verdadeira ameaça. 

O consumo excessivo de sal, por exemplo, já é amplamente associado a maiores riscos de hipertensão e problemas renais, porém, não só com ele devemos ter atenção. Uma pesquisa revelou que outro componente da dieta pode surtir efeitos catastróficos: o açúcar. 

Um estudo apontou que a ingestão aumentada de açúcares adicionados pode elevar razoavelmente o risco de desenvolver cálculos renais, as famosas pedras nos rins. A pesquisa elucidou que os indivíduos que consomem 25% ou mais de suas calorias dietéticas diárias com base em açúcares adicionados possuem 88% mais riscos de desenvolver pedras nos rins. Esses números são em comparação com aquelas que limitam a ingestão de açúcares adicionados a uma proporção menor que 5% das calorias diárias. 

Presentes nas bebidas, nos alimentos ultraprocessados ou demais tipos de alimentos, os açúcares adicionados já são relacionados a uma  série de doenças, até ao câncer. O estudo ainda revelou que o consumo excessivo pode aumentar a quantidade de cálcio na urina, que representa um dos maiores responsáveis pela formação de cálculos renais. 

Esse aumento no cálcio urinário pode precipitar a formação de pedras, inclusive nos indivíduos que já possuem uma predisposição ao caso. Além de se tratar de um problema que gera muita dor e incômodo, quando motivado pela alta ingestão de açúcares, a condição ainda pode sinalizar riscos para diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, cáries e até riscos para diversos tipos de câncer. 

Os principais sintomas de pedras nos rins são sinalizados por dor intensa nas costas, dor ao urinar, náuseas e vômitos, frequência urinária aumentada e até urina com sangue. 

Para reduzir os riscos do problema, mantenha os bons hábitos de vida em dia. Reduzir a ingestão de itens ultraprocessados; priorizar o consumo de alimentos in natura, como vegetais, frutas, cereais integrais e pescados; reduzir o consumo frequente de carne vermelha; e fazer boa ingestão hídrica são suficientes. Além disso, priorizar a prática de atividade física e o manejo do estresse também são fatores essenciais.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica