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Mulher morre por eutanásia e deixa conteúdo em que acusa ex-marido

Em carta publicada nas redes sociais, Catherine Kassenoff deixou vídeos e arquivos acusando o ex-marido de comportamentos abusivos. Ele nega

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Reprodução/Facebook
A mãe Catherine Youssef Kassenoff e as três filhas com o rosto borrado
1 de 1 A mãe Catherine Youssef Kassenoff e as três filhas com o rosto borrado - Foto: Reprodução/Facebook

Após um caso de suicídio assistido, o desenrolar da história de uma família nos Estados Unidos tem mobilizado a imprensa e as redes sociais. De um lado Catherine Kassenoff, que optou pela eutanásia, mas deixou uma série de documentos e vídeos para expor supostos comportamentos abusivos do ex-marido, Allan Kassenoff, além de supostas injustiças promovidas pela vara de família em Westchester, nos arredores de Nova York.

Contudo, de acordo com o homem, Catherine morreu por suicídio assistido para torturar ele e suas filhas depois de ser acusada de abusar de sua filha adotiva. Conforme informações divulgadas pelos sites Free Pass e The New York Post, Allan disse que Catherine passou anos elaborando uma narrativa falsa na qual ela era uma vítima inocente — e ele, o marido malvado. “Aos meus olhos, Catherine foi até o fim com seu suicídio para me destruir e as crianças”, disse Allan ao The New York Post. 

Carta aberta

A eutanásia de Catherine chegou a  ser anunciada nas redes sociais. Em 27 de maio de 2023, a mãe comunicou em uma carta no Facebook que estava programada para morrer por suicídio assistido na Suíça mais tarde naquele dia.

Na publicação, Catherine escreveu que havia sido diagnosticada com câncer terminal, mas decidiu pôr fim à sua vida devido ao suposto abuso de Allan e a um sistema judicial “predatório” que começou a mantê-la longe das três filhas do casal em 2018.

“É com um profundo desgosto… que estou escrevendo minha última postagem de todos os tempos. Hoje, estarei acabando com minha própria vida… Nos últimos quatro anos de minha vida, acordei todos os dias com um pesadelo como nenhum outro”, escreveu Catherine.

Um tribunal de família de Westchester a impediu de ter contato com suas três filhas, de 9, 12 e 13 anos. “Não posso sobreviver a esse tormento e à dor que advém de uma separação tão prolongada de meus filhos”, continuou.

Conteúdo nas redes sociais

A última mensagem da mulher no Facebook incluía um link para um site de armazenamento de arquivos no qual contava com milhares de processos judiciais e vários documentos legais, registros médicos e vídeos — incluindo os conteúdos que mais tarde foram compartilhados no TikTok, que acusam Allan de abusar da mulher. 

Catherine alegou que o material provava que ela não havia feito nada de errado e sustentou que seus filhos foram levados embora como resultado de “decisões injustas”, “um avaliador de custódia desonrado”, um advogado motivado por dinheiro para as crianças e o tribunal favorecendo a “parte endinheirada”. Em sua nota, ela implorou aos leitores: “Não deixem que minha morte seja em vão”.

O site Free Press conversou com Allan e analisou as provas deixadas por Catherine, além de entrevistar o psiquiatra da mulher, ex-babás e outras fontes que descreveram a mãe de diversas maneiras, de “muito calma” até “psicopata” e “aterrorizante”.

Ao jornal, Allan negou as acusações e disse que Catherine “não tinha câncer terminal”.  “Liguei para o oncologista dela”, relembrou. “Ele disse que ela foi fazer um check-up pela última vez e que estava bem de saúde”.

Entretanto, o conteúdo publicado por Catherine foi disponibilizado nas redes sociais por pessoas que defendem seu legado. Um dos vídeos mostra Allan gritando com Catherine, dizendo que a odiava e ridicularizando a mãe de seus filhos como uma “velha e perdedora” em outro clipe. 

Entre os perfis que compartilharam o material deixado por Catherine estava o do influenciador Robbie Harvey. Depois de criticar e acusar Allan de abuso verbal e emocional contra Catherine e suas filhas e ser processado pelo homem, o influencer emitiu um pedido de desculpas a Allan.

Harvey disse aos espectadores que havia revisado os documentos enviados por Catherine, juntamente com outros fornecidos por Allan que ele não tinha anteriormente. “Em meus vídeos, cometi alguns erros ao relatar a história, o que foi resultado de não ter todas as informações disponíveis para mim, porque Catherine não forneceu um registro completo do que estava acontecendo.”

Acusações contra Catherine

Catherine e Allan tinham três filhas, sendo a mais velha, Ally, adotada em 2009. Menos de um ano depois, Catherine engravidou e deu boas-vindas à sua segunda filha, Charley, em fevereiro de 2011. Ela teve uma terceira menina, JoJo, em agosto de 2013.

A mãe Catherine Youssef Kassenoff e as três filhas com o rosto borrado
Catherine Kassenoff e as filhas

Em 2019, Allan apresentou ao tribunal gravações de Catherine repreendendo Ally, chamando-a de “idiota” e “completa idiota”, gritando com ela por ter roubado uma barra de chocolate do quarto de Catherine. 

Quatro das babás das crianças disseram ao site Free Press que Catherine favorecia muito suas filhas biológicas — em detrimento da criança adotada.

Kim Hull, que trabalhou como babá da família em 2009, quando Ally era um bebê, afirmou que Catherine a instruiu a manter a criança acordada o dia todo, pingando água em sua cabeça, para que ela dormisse durante a noite.

Celine Dublanchet, que se tornou au pair dos Kassenoffs em outubro de 2016, também fez alegações contra Catherine. De acordo com os documentos do tribunal, Dublanchet disse que Catherine uma vez trancou Ally, então com 7 anos, no porão sozinha por duas horas como punição. Em outra ocasião, a mãe fez com que a criança saísse sozinha depois de escurecer para “limpar o jardim” no meio do inverno. 

Mylene Gry, outra babá que morou na casa dos Kassenoffs de 2015 a 2016, disse que “o que testemunhei em meus 13 meses de trabalho para os Kassenoffs me perturba até hoje”, escreveu Gry ao tribunal em junho de 2019, quando o casal brigava pela guarda das crianças. “Acredito que Catherine seja uma pessoa mentalmente doente e abusiva”.

 

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