Moda kids e Apoena são destaques do último dia de CFW
Os desfiles dos pequeninos arrancaram suspiros. Moda teen, fashion e beach wear marcaram presença
atualizado
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O último dia do Capital Fashion Week animou o público desde o primeiro desfile. A lotação esteve em seu limite e os desfiles das crianças arrancaram suspiros dos espectadores. Dois nomes se destacaram, um deles estreando na passarela – a marca para crianças Minhocco – e outra, parceira antiga do CFW, a sustentável e feminina Apoena.
A Lalp abordou o beach wear com cores fortes, mas pouca estampa. Em seguida, Mulher Bem Vestida, com a coleção “Está me esperando na janela”, trazendo muita renda, crochê, longos vestidos com fendas, decotes e cores, muitas cores em tamanhos também plus size. A coleção traz um ar de Brasília, lembrando a arquitetura da Capital.
Logo depois, chegou a hora dos pequeninos entrarem em cena. Suika convidou a uma aventura no “Balão Mágico”, tema da coleção. Estampas com o tema apareceram nas pequenas camisas e em vestidos rodados que vestiam desde bebês até crianças de 5 anos. Cortes orientais vieram acompanhados de acessórios, como chapéus de aviador.
Je Suis Petit fez sua estreia trabalhando em estampas geométricas – quadrados e triângulos – para os “mocinhos” e “mocinhas”. Azul, rosa e amarelo se misturavam com o jeans para os quimonos, saias e shorts apresentados. A passarela enfeitada com ipês não deixava esquecer o clima tão amado pelos brasilienses.
Quem arrancou os mais altos aplausos foi a Minhocco, com um desfile divertidíssimo, vestindo pequenos entre 2 e 7 anos. “Fauna Brasil” trouxe a fauna brasileira em extinção não só enfeitando as roupas, como fantasiando as crianças. Lobo guará, bicho preguiça, arara azul e onça pintada foram alguns bichos presentes em blusas, saias e shorts com rabinhos, espinhos ou tecidos que lembravam penas. As crianças entravam fazendo gestos animalescos, causando risadas gostosas no público.
O idealizador da coleção, Mário Kastész, conta que a ideia surgiu ao querer transmitir brasilidade às suas filhas, de 4 e 6 anos. “Estavam muito focadas em desenhos internacionais, queria que lessem mais e conhecessem mais sobre o nosso Brasil. Decidi mostrar então animais ameaçados e contar a elas como temos belezas”, afirma Mário. O desfile terminou com uma doação para as instituições ACNUR (Auto Comissário das Nações Unidas) e IMDH (Instituto de Imigração e Direitos Humanos). As 100 primeiras peças confeccionadas da coleção serão doadas para os dois institutos, para vestirem as crianças de famílias refugiadas no Brasil.
Logo em seguida, Bia Balu veio com laranja, amarelo e roxo, em sua maioria, vestido as pequenas. A coleção lembra bailarinas, com vestidos rodados, sapatilhas e tules.
A seguir, a Difuzi abre seu desfile com ombros marcados e estampas que lembram formatos de átomos na coleção “Nanoarte”. Preto, nude e branco compõem o clássico incorporado em vestidos com fendas e longos quimonos em tecidos leves.
A OXGN faz sua estreia no intuito de levar a moda para todos. Moda praia e moda academia, surpreendentemente, com muitas saias, foram ícones.
Outra estreia, a Mimos inovou e trouxe a roupa adaptada. O chamado “moda inclusiva” chamou a atenção num desfile para lá de inusitado, com modelos em cadeiras de roda e idosos. A roupa adaptada é desenhada pensando em pessoas com necessidades especiais, tais quais idosos, pessoas que necessitam andar com sondas e idosos com dificuldades que necessitem de ajuda. A designer chegou à ideia após trabalhar como enfermeira de pacientes que sofriam em conseguir encontrar um terno ou algum vestido que feche dos lados.
Fulanitas de Tal surpreendeu aqueles que não sabiam bem o que esperar de um desfile de marca de sapatos. Modelos sapateando embalaram as duas primeiras músicas. Em seguida, vestidas com saias pretas bailarina retrô, as modelos desfilaram os calçados super confortáveis conforto de forma chique. O desfile se encerrou com cartazes pedindo menos homofobia e um mundo com mais amor, lembrando o desfile de outono/inverno da Chanel de 2014. As modelos ainda usavam coroa de flores, remetendo ao movimento feminista.
Romildo Nascimento abusou dos decotes sensuais e do mix de algodão e couro. Preto e branco foram presença marcante na passarela, combinado à maquiagem marcada por sombra forte azul e verde e batons cor de pele.
Último desfile do dia e do evento, a Apoena arrancou muitos aplausos. Abusando no mix de estampas, a marca trouxe de volta os turbantes para o verão. Amarelo, azul, laranja e turquesa foram presença constante nos vários top crops combinados à saias e calças midi. Ombro de fora é lei e acessórios coloridos também mostram que, para o próximo verão, o mix de cor é obrigatório.
Ganham destaques os tecidos combinados às rosas aplicadas artesanalmente. E suba o cabelo: o coque está de volta!
O último dia do Capital Fashion Week ainda contou com um anúncio de Márcia Lima, a idealizadora do evento e alma por trás do negócio: o Iate Clube é a nova casa do evento. Até o ano que vem!