Moda imparcial: plus size e transgêneros conquistam espaço em agências
Uma icônica agência anunciou a inauguração de um setor plus size e a abertura de mais espaço para modelos transgêneros
atualizado
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Já ouviu falar da icônica agência internacional de modelos IMG Models? A marca é responsável por nomes como Gigi Hadid, Georgia May Jagger, Irina Shnitman, Miranda Kerr, Adam Senn, Tom Webb e Charles Wilson – disputados nas semanas de moda ao redor do mundo. Agora uma das maiores agências de modelos do mundo deu um passo largo rumo à diversidade e lançou uma nova “divisão” masculina: a Brawn.
O nome designa uma categoria que foge dos padrões do fashion wold, que exigem homens altos, musculosos e com queixo marcado, e se define como uma categoria plus size. O primeiro agenciado da Brawn é o ator, escritor e comediante Zach Miko.
Ele tem 1,52 de altura e 101 centímetros de cintura – com muito orgulho. “Brawn carrega uma mensagem positiva, Brawn é força física”, afirma o presidente da IMG para o portal WWD.
“A mensagem positiva para o corpo e à diversidade é algo relevante e algo que continua a ocupar a cabeça de todos. Precisávamos estender essa conversa para os homens. Quero que todos os homens na América olhem para Zach e digam: eu posso fazer isso”, continuou Bart.
O momento que a moda atravessa vai muito além de uma nova divisão em alguma agência específica. É notório também — além do diferencial e da aceitação com todos os tipos de corpo — que há o ganho de espaço para modelos transgêneros. Por exemplo, em 2015 o modelo transgênero Aydian Dowling venceu o prêmio da revista ‘Men’s Health’ e estampou uma de suas edições.
Quem também tem arrancado suspiros é o modelo de origem dominicana Laith Ashley, de 26 anos. Estudante de filosofia pela Universidade de Connecticut, em Nova York, ele conta que descobriu que era na verdade um homem aos 19 anos.
Ashley ganhou olhares mundiais ao aparecer nas redes sociais do fotógrafo Nelsonn Castillo em um clique que o mostrava apenas em cuecas Calvin Klein. Outra inovação importante na carreira de Laith foi a aceitação em sua agência, a nova-iorquina Pêche DI, que assim como a IMG foi pioneira em modelos transsexuais e transgêneros.
“Eu quero mostrar ao mundo que não há apenas uma maneira de ser trans, assim como não há uma maneira de ser qualquer coisa. Acho que a indústria da moda foca em indivíduos com aparência cis, e acho que nós precisamos incluir pessoas com outros tipos de corpos. Suas lutas e identidades ainda não estão sendo faladas”, afirma. Atualmente ele tem 73 mil seguidores em seu perfil pessoal no Instagram.
Cada passo curto, nesta caminhada, é largo!