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Lanza Mazza, estilista da Cantão, fala sobre nova coleção

Em Brasília para a inauguração da nova loja da marca, no Brasília Shopping, estilista falou sobre sua história com a marca, nova coleção e sobre ser confundida o tempo inteiro com a irmã gêmea, Renata Vasconcellos

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Leonardo Arruda/Metrópoles
Lanza Mazza estilista da Cantão
1 de 1 Lanza Mazza estilista da Cantão - Foto: Leonardo Arruda/Metrópoles

Depois de uma temporada de portas fechadas, a Cantão volta à Brasília com um novo espaço em um shopping da Asa Norte. Um dos maiores nomes da moda nacional – a marca completa 50 anos no ano que vem – e carrega uma horda de fãs por onde quer que se abra uma nova loja. O que muitos deles não sabem, no entanto, é que o talento à frente da moda confortável e com os dois pés no Rio de Janeiro é a cara da Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional.

Lanza Mazza, estilista da Cantão desde 2011, é gêmea idêntica da jornalista. Geralmente, é ela quem é confundida com a irmã famosa por aí. Mas, no seu ambiente, a estrela é ela. “Aquele pequeno momento é minha vingança com ela! Às vezes ela está no backstage de alguma desfile e as pessoas vão falar com ela como se fosse eu, aí ela tem que explicar que é a Renata”, ri.

Em Brasília para a inauguração da nova loja da marca, na última quarta-feira (30/3), ela recebeu o Metrópoles para uma conversa rápida:

Este ano você completa cinco anos na Cantão. Você já tinha uma história com a marca antes?
É, acho que sim. Toda carioca tem uma relação com a marca. Eu me lembro que, adolescente, adorava. Desde a mochila do colégio, a agenda, o macacão jeans… Lembro da minha primeira jaqueta de couro, que era da Cantão. Eu amava! Ficava enchendo a paciência da minha mãe, isso há muito tempo. Aí depois fiquei um tempo meio desconectada e aí acabei voltando nessa forma profissional. E foi muito gratificante retomar esse relacionamento, na verdade.

Tem a ver com a sua entrada na moda, de se apaixonar pela coisa?
Talvez. Essa coisa de gostar de moda, gostar de design, essa parte criativa está dentro da gente. Acho que a gente nasce meio com isso. Mas sem dúvidas tem relação sim. Sempre gostei de design, de desenho – fiz desenho industrial e no meio da faculdade decidi fazer a especialização em moda. Mas acho que está linkado. Aquela jaqueta, no fundo, no fundo era para me dizer alguma coisa.

A marca continua com a pegada jovem ou “cresceu” com a consumidora?
A Cantão sempre teve um posicionamento jovem. Na verdade, quando a gente fala de jovem, é um espírito jovem. Não tem a ver com idade, tipo “jovem é de tanto a tanto, velho de tanto a tanto”. A marca sempre teve um DNA jovial, para mulheres de todas as idades. Tenho filhas adolescentes que amam a Cantão e minha mãe também gosta. É uma marca antiga e sempre teve sua alma muito definida. Então as mudanças que entram são só um afinamento. Lógico que tem uma tendenciazinha, mas a essência da marca se manteve.

E quem é essa consumidora?
É uma mulher espontânea, que não é vítima da moda, que gosta de jeans, preza pelo conforto, não é ligada em tendência – o que ela acha bacana, ela vai usar. Tem o DNA muito da brasileiro. Essa relação da cliente com a marca passa muito por essa proposta, que é real e confortável.

Essa coleção tem alguma peça-chave, que define melhor a estação?
Uma peça que veio forte é a calça cropped, mais curta. Eu gosto porque ela traz uma novidade, lembra uma saia quando é mais ampla, e traz uma proporção diferente, mais moderninha.

A Cantão não desfila desde o fim do Fashion Rio. Você não tem vontade de voltar?
A gente mostra o trabalho também de outra forma. Vamos ver o que vem por aí, o que se desenha… Acho que se você tem um evento organizado, bacana, é mais um veículo para a marca mostrar o trabalho. Então é sempre bem-vindo. Mas não acho que seja o único caminho. Hoje você tem vários caminhos de mostrar o trabalho, entrar em contato com a cliente e com a imprensa…

Lanza é um apelido, né?! Como ele surgiu?
Desde pequenininha! Meu nome é Rosângela e é um pouco grande para pronunciar, então meus pais e minha irmã acabaram puxando esse Lanza. E acabou ficando. Pouquíssimas pessoas me chamam de Rosângela hoje.

As pessoas confundem muito você com a sua irmã?
Um pouquinho (risos). Confundem bastante, desde pequenas. Gêmeas univitelinas sempre têm isso. E quando a Renata foi para a televisão em rede nacional (Renata Vasconcelos apresenta o Jornal Nacional), então, isso se potencializou um pouco! Estamos acostumadas. Mas é engraçado porque aí eu faço uma vingancinha também. Lógico que em proporção menor. Quando a gente está no meu ambiente, as pessoas acham que ela sou eu. Aquele pequeno momento é minha vingança com ela! Às vezes ela está no backstage de algum desfile e as pessoas vão falar com ela como se fosse eu, aí ela tem que explicar que é a Renata (risos).

Vocês dão pitaco uma na outra? Ela na coleção, você no estilo dela?
É… Sim, a gente sempre se consulta, ela me pergunta o que eu acho, mas lógico que no jornal tem uma exigência mais específica da roupa que ela usa e ela entende muito bem isso. Mas ela adora a marca também e no dia a dia ela usa até bastante. Ela gosta muito dessa coisa do conforto.

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