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Guarda-roupa compartilhado é a nova forma de consumir moda

Diferente do brechó e da doação, a proposta é estender o tempo das peças por meio de aluguel e divisão entre consumidoras

atualizado

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Bruno Pimentel/Metrópoles
Mulher com vestidos
1 de 1 Mulher com vestidos - Foto: Bruno Pimentel/Metrópoles

O consumismo está fora de moda. Quem gosta de comprar roupa está com mais consciência ambiental e passou a reconsiderar a maneira como entrega seu dinheiro para a indústria. Lojas denunciadas por trabalho análogo à escravidão, como a Zara e a H&M, foram boicotadas por alguns grupos e as suas práticas injustas viraram conhecimento público.

Brechós e coleções feitas por estilistas menores entraram em alta. O movimento do slow fashion também trouxe reflexão sobre consumo desenfreado. O objetivo não é parar de comprar ou abastecer o guarda-roupa c peças batidas, muito pelo contrário.

A nova maneira de adquirir moda é sobre qualidade, consciência e sustentabilidade. Para não deixar o estilo de lado, negócios de closet compartilhados começam a cair no gosto das brasileiras. A ideia é criar um espaço com roupas que seriam usadas poucas vezes e fazê-las circularem entre usuárias do serviço.

Em alguns casos, a loja cobra uma mensalidade e o usuário pode pegar um número limitado de roupas. Em outras, o aluguel de cada peça tem um valor fixo.

Sem posse, sem ciúme e com uma grande dose de desapego, o compartilhamento já está invadindo Brasília. Conheça duas empresas com essa proposta de dividir e economizar na capital:

Minha Nossa!
A loja na 104 Sul foi aberta em agosto do ano passado. O lugar colorido e cheio de personalidade combina com estilos ousados. A proprietária da Minha Nossa!, Marina Marques, foi inspirada por negócios similares na Holanda e pela americana Rent the Runway.

“Não faz sentido comprar desenfreadamente. A peça pode durar muito tempo, mas acaba desmerecida. A minha ideia era poder continuar saindo linda, mas de uma forma consciente e mais barata”, afirma. O aluguel funciona através de pontos – existem planos para roupas e acessórios – e cada um custa R$ 1,25. O item fica com a usuária do serviço por sete dias e depois retorna ao acervo da loja.

A atenção da proprietária com as clientes é outro diferencial. Marina inventou um sistema de drive-thru exclusivo. “Elas vêm um dia com calma, provam o que gostam e eu deixo anotado. Depois, me ligam dizendo quando vão passar na loja e entrego as peças no carro mesmo”, explica.

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A loja foi aberta em agosto de 2017
Marina faz curadoria de 10 marcas nacionais
A loja funciona com um sistema de pontuação, o que torna os itens mais acessíveis
As roupas disponíveis vão tamanho 36 ao 54
A Minha Nossa! oferece roupas, bolsas e bijuterias
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Marina Marques, proprietária da loja Minha Nossa!

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A loja foi aberta em agosto de 2017

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Marina faz curadoria de 10 marcas nacionais

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A loja funciona com um sistema de pontuação, o que torna os itens mais acessíveis

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As roupas disponíveis vão tamanho 36 ao 54

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A Minha Nossa! oferece roupas, bolsas e bijuterias

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As bijuterias também são perfeitas para o Carnaval

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Os acessórios são peças únicas na loja

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Mas as roupas estão em estoque

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Marina comanda o Minha Nossa! com a ajuda apenas de uma equipe de rede social

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A Minha Nossa! preza por praticidade, estilo e consciência. Marina faz curadoria em 10 lojas brasileiras com identidade e ética. O serviço atende do tamanho 36 ao 54 e oferece também bijuterias e bolsas. As peças são para o público feminino, mas a proprietária afirma ter alguns homens interessados. “Se a roupa servir, pode levar”.

Marina Veloso, 37 anos, é publicitária e adepta do serviço. Ela conheceu a loja quando estava andando pela quadra com uma amiga e a decoração chamou atenção. “Tinha um evento para ir e não queria comprar um vestido novo só para isso, então achei a proposta incrível”, conta.

O look foi um sucesso. “Todos estavam de preto e superdiscretos, enquanto eu usava uma blusa de paetê e um colar de cobra, me destaquei muito na festa. Depois, vesti a combinação de novo e devolvi”, lembra. A forma de consumo da publicitária está em transformação e ela participa de grupos de troca no Facebook.

Reduzi meu armário e procuro qualidade. Passei a usar marcas plus size porque é meu tamanho, hoje tenho mais opções”, diz. “A maior vantagem é ter a chance de ousar. Muitas vezes vemos peças maravilhosas e, apesar de querer testar um look novo, não podemos comprar. Assim você economiza também”.

Shop’N Share
O hábito de trocar roupas entre duas amigas virou negócio. Rafaela Osório e Bruna Resende criaram uma opção de luxo para quem quer economizar e embarcar na sustentabilidade. O serviço funciona on-line e a usuária paga por cada peça, não existe uma assinatura.

“A moda tem reflexo na nossa segurança enquanto mulheres e em como nos sentimos no dia a dia”, diz Rafaela. A paixão começou a ter um peso diferente quando as sócias descobriram o lado ruim da indústria. A partir disso, começaram a explorar o slow fashion.

“Com tantas mulheres elegantes em Brasília existem inúmeros vestidos, calças e blusas paradas. E elas podem compor o look que uma de nós precisa para um evento específico”, afirma. Para as donas do Shop’N Share, consciência é prioridade no negócio. 

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A sócia Rafaela Osório
O Shop'N Share é um closet de luxo
O serviço funciona on-line e as sócias entregam as roupas na casa da cliente
A ideia surgiu da troca de roupas realizada pelas amigas e donas do serviço
As peças alugadas são para eventos variados
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O showroom da Shop'N Share

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A sócia Rafaela Osório

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O Shop'N Share é um closet de luxo

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O serviço funciona on-line e as sócias entregam as roupas na casa da cliente

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A ideia surgiu da troca de roupas realizada pelas amigas e donas do serviço

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As peças alugadas são para eventos variados

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Além da sustentabilidade, o serviço ajuda a economizar

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As peças são modernas e atuais

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A Shop'N Share trabalha exclusivamente com roupas femininas

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A loja promove a troca de roupas entre mulheres e trabalha com marca atuais. “Levamos em consideração a etiqueta, o estado do item e o valor. Não queremos nada básico”. A cliente que disponibiliza a peça recebe 40% da quantia do aluguel. Todas as informações das usuárias são mantidas em sigilo.

Nosso desapego é diferente. Você pode oferecer roupas novas e amadas que ficariam paradas por meses e colocá-las para rodar entre outras mulheres”, reforça Rafaela. O serviço trabalha somente com coleções femininas.

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