Franca Sozzani, editora-chefe da Vogue Itália, morre aos 66 anos
Franca dirigiu a revista por 28 anos. Durante esse tempo, a publicação tornou-se uma das mais criativas, polêmicas e inovadoras do mercado
atualizado
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A editora-chefe da Vogue Itália, Franca Sozzani, morreu nesta quinta-feira (22/12) aos 66 anos em Milão. De acordo com uma carta de Jonathan Newhouse, presidente e CEO da Condé Nast, a italiana lutava há muitos anos contra um câncer de pulmão.
Franca dirigiu a Vogue Italia por 28 anos. Durante esse tempo, a publicação tornou-se uma das mais criativas, polêmicas e inovadoras do mercado editorial.“Ela foi uma das maiores editoras de revista das últimas décas. E, de longe, a pessoa mais talentosa, influente e importante dentro da organização Condé Nast International”, escreveu o CEO.
A coragem de Sozzani em abordar questões sociais através da moda definiu sua trajetória e deu uma sacudida na revista que ela descrevia como um “catálogo de marcas” antes de sua chegada em 1988.
Além da colaboração com famosos, a editora tinha parceria e dava liberdade criativa para fotógrafos como Bruce Weber, Steven Meisel e Paolo Roversi. Sob a supervisão dela, eles criaram fotos surpreendentes e chocantes.
“A moda é muito maior do que um vestido”, disse ela em uma entrevista. “Às vezes sou criticada por usar a moda para falar sobre outras questões, mas hoje a moda é enorme, todo mundo fala do que é ou do que não é moda. Pode ser vista como a ‘atração fatal’ de tudo.”
Em setembro de 2016, o filho da editora, o cineasta Francesco Carrozzini, lançou um documentário sobre ela no Festival de Veneza. No documentário Franca.Chaos and Creation, é possível conhecer um pouco sobre a vida e a trajetória profissional da italiana pelo olhar do diretor que viajou com a mãe por diversos lugares ao redor do mundo desde quando era pequeno.
Na internet, vários amigos prestaram suas homenagens.