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Camisetas com slogans políticos ganham as passarelas de Nova York

Agora, o hype fashion está muito mais ligado a frases de impacto, mas será que os estilistas não estão fazendo mais do mesmo?

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Neilson Barnard/Getty Images
1 de 1 - Foto: Neilson Barnard/Getty Images

Foi-se o tempo que as camisetas estampavam apenas o refrão de suas músicas prediletas ou a foto de sua banda favorita. Agora, o hype fashion está muito mais ligado a frases de impacto que deixam de lado as frivolidades e dão o protagonismo a um verdadeiro testemunho político. No entanto, fica no ar o questionamento: será que os estilistas não estão fazendo mais do mesmo?

Quando Maria Grazia Chiuri debutou na Dior, um dos itens desejo da passarela eram as camisetas estampadas com mensagens feministas. Desde então, o famoso inconsciente coletivo parece ter atacado outros designers, que apresentaram suas versões do hit na última semana de moda de Nova York

Getty Images/Harpers BazaarTambém pudera, com o resultado surpreendente das últimas eleições americanas, muita gente ainda protesta — do jeito que pode — contra o mandato de Donald Trump. Raf Simons optou pela vibe Lady Gaga no SuperBowl e criticou de forma sutil o atual governo dos Estados Unidos, colocando apenas a música “This is Not America” de David Bowie como trilha sonora do desfile da Calvin Klein. 

Outro movimento político discreto ocorreu no desfile da Tommy Hilfiger. As modelos apareceram com uma bandana branca no pulso, fazendo alusão ao movimento #TiedTogether que visa promover união, solidariedade e inclusão. No entanto, outros se inspiraram na diretora criativa da Dior para expressar sua angústia com mensagens nas camisetas.

Backstage at TOMMYLAND lit up by @RomeeStrijd #TOMMYNOW #tiedtogether

Uma publicação compartilhada por Tommy Hilfiger (@tommyhilfiger) em

The finale of @rafsimons’ debut collection for @calvinklein. What do you think? #calvinklein #rafsimons #NYFW

Uma publicação compartilhada por The Business of Fashion (@bof) em

Prabal Gurung encerrou seu desfile com uma diversidade de modelos na passarela caminhando ao som de “Imagine”, de John Lennon, cantando por uma interprete feminina. Bella Hadid apareceu na frente — porque tem que ter diversidade, mas não pode ter taaaaanto assim —   com uma camiseta escrito “A fêmea é o futuro” , enquanto outras modelos a acompanharam com frases que diziam “Minha amiga é uma feminista” , “A revolução não tem muros” e outros slogans políticos.

O show, que tinha um cunho político e empoderador não conquistou Suzy Menkes, editora internacional da Vogue. Para a jornalista britânica houve uma cópia descarada das camisetas da Dior e ela não escondeu seu descontentamento com o designer indo ao Instagram questioná-lo: “Nós já não vimos essa camiseta na moda antes?”

Hallo! Prabal Gurung!!!! Wake up! Haven’t we seen these feminist T-shirts before in fashion?!?!

Uma publicação compartilhada por Suzy Menkes (@suzymenkesvogue) em

Christian Siriano, Zadig & Voltaire, Public School e Creatures of Comfort são algumas das grifes que fizeram testemunhos-fashion através de t-shirts, que eram uma cutucada a administração Trump e todas as declarações (absurdas) do republicano. A proposta é atual e oportuna e ninguém pode dizer o contrário. No entanto, é inegável que o atual cenário fashion conta com muitos diretores e poucos criativos.

Getty images/ Divulgação

 

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