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5 curiosidades sobre Rei Kawakubo, homenageada do MET Gala 2017

A estilista japonesa, responsável pela Comme des Garçons, é conhecida por desconstruir a moda através de criações exóticas e absurdas

atualizado

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Eiichiro Sakata/Divulgação
1 de 1 - Foto: Eiichiro Sakata/Divulgação

Considerado o baile mais estiloso do ano, o MET Gala promete levar, novamente, uma legião de famosos para os salões do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, nesta segunda-feira (1/5). O tema desta edição é uma homenagem à Rei Kawakubo, conhecida por seus projetos vanguardistas e habilidade para desafiar noções convencionais de beleza e bom gosto. Ela será a primeira designer viva, desde Yves Saint Laurent (em 1983), a ser o tema da exposição de moda.

A estilista japonesa, responsável pela hypada Comme des Garçons, já declarou ao site WWD que sua intenção nunca esteve alinhada à produção de roupas. Prova disso são as coleções cheias de peças desconstruídas e chocantes que invadem as passarelas desde a década de 1970. Se você nunca ouviu falar dela, aí vão cinco curiosidades:

Ela criou sua marca após perceber que nada no mercado fazia seu estilo

Qualquer projeto de Rei Kawakubo sempre foi pessoal e impulsionado por um senso de independência. Seu pai era administrador de uma universidade e sua mãe, professora. Depois de estudar “História da Estética” na Universidade Keio nos anos 1960, ela saiu de casa e encontrou trabalho no departamento de publicidade de uma fabricante de tecidos.

O trabalho incluía a procura de adereços e figurinos e, eventualmente, ela começou a projetar alguns que não conseguia encontrar. “Quando comecei só queria ganhar a vida, ser independente e ter um emprego. Mas aos poucos, o trabalho virou uma carreira, porque eu nunca consegui encontrar roupas que eu quisesse vestir, então decidi fazer isso sozinha”.

Ela definiu o estilo de moda oriental

Ao lado de Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo ajudou a redefinir o design ocidental em 1981, quando trouxe sua primeira coleção para Paris. Eram milhares de camadas de tecido solto, moldagens abstratas e bainhas assimétricas num estilo monocromático que chocou os entendidos de moda exatamente pelo absurdo.

Na época, a moda era dominada pelo glamour excessivo de Gianni Versace e Thierry Mugler. Seriados como “Dynasty” e “Falcon Crest” estrearam na TV americana consolidando um visual extremamente pomposo e bem perua. A assinatura singular da estilista nadava em direção oposta e até hoje essa visão permanece. “Eu construí meu trabalho sem satisfazer uma procura de roupas sexualizadas e ostentação”, diz.

Sucesso comercial

A Comme des Garçons tem 230 lojas fora do Japão, flagships em Nova York, Paris e Tóquio e conta com um faturamento anual de US$ 250 milhões. Além de fãs famosos como Katy Perry, Kawakubo também é admirada por outros designers como Karl Lagerfeld, Nicolas Ghesquière, diretor criativo da Louis Vuitton, Phoebe Philo, diretora criativa da Céline, e Marc Jacobs, que já declarou seu amor incondicional à marca. “Não se trata de vestir-se para outras pessoas. Não se trata de comprar roupas para atrair ou seduzir. Parece um presente que você está dando para si mesmo”.

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Paris Fashion Week Womenswear Inverno 2017/2018
Paris Fashion Week Womenswear Inverno 2017/2018
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Paris Fashion Week Womenswear Inverno 2017/2018

Vittorio Zunino Celotto/Getty Images
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Paris Fashion Week Womenswear Inverno 2017/2018

Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

 

Extremamente reservada

Kawakubo raramente dá entrevistas e não é profissionalmente fotografada desde 2005. O marido, Joffe, que fala cinco línguas diferentes, é o responsável por fazer a ponte entre os repórteres e a estilista. Desde o início de sua carreira, ela insistiu que a única maneira de conhecê-la é “através da roupa”.

Além de tímida, a designer nunca pertenceu a nenhum movimento, nem segue nenhuma religião ou ideologia e também não tem ídolos. “Para mim, crença significa que você tem que depender de alguém”, disse ela em uma entrevista para a publicação The New Yorker.

Suas peças estão em um clipe icônico da Madonna

HollywoodLife/Reprodução

Em 1992, Madonna lançava “Erotica”, seu álbum mais polêmico, com composições sobre sexo, desejos, fantasias e um pouco de romance. Para o videoclipe “Rain”, a cantora deixou de lado sua vertente de dominatrix, se inspirou na tecnologia oriental e apareceu com diversas peças criadas por Rei Kawakubo.

Outra curiosidade é que o clipe foi totalmente rodado em preto e branco e posteriormente colorizado em tons de azul. Participa dele o celebrado compositor japonês Riuychi Sakamoto.

 

 

 

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