Mãe processa escola por obrigar filho de 4 anos a ir em parada LGBT
Izzy Montague contou que a escola do filho organizou uma parada do orgulho LGBT. Segundo ela, a presença dos alunos era obrigatória
atualizado
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Uma mãe britânica ficou furiosa com o recado que recebeu da escola de seu filho. Izzy Montague, de 38 anos, escutou da diretora da Escola Primária Heavers Farm, localizada em South Norwood, na Inglaterra, que haveria uma parada do orgulho LGBT e que todas as crianças da instituição deveriam participar. Segundo ela, a presença dos alunos era obrigatória.
Izzy foi informada por uma carta que a escola do filho iria promover uma marcha do orgulho LGBT e que todos os pais estavam convidados para participar do evento. Uma semana depois, a mãe falou com os responsáveis da escola para que seu filho fosse dispensado.
Como justificativa, ela contou que estava preocupada em expor a criança nesse tipo de encontro e que seria uma “exibição pública de adesão a pontos de vista que ela não aceitava por ser cristã devota”. Por vez, a diretora da escola Susan Papas não aceitou o pedido para liberação.
A discussão parou no tribunal porque os pais da criança processaram a escola. De acordo com o portal Daily Mail, os advogados de Izzy evidenciaram a Lei de Educação, de 1996, e na Lei dos Direitos Humanos, de 1998, que abordam a discriminação direta e indireta e vitimização. Segundo o jornal, foi a primeira vez que o Reino Unido enfrentou a imposição LGBT nas escolas primárias.
A mãe já havia participado de uma reunião na escola do filho e, na ocasião, a filha da diretora vestia uma camiseta escrita: “Por que ser racista, sexista, homofóbico ou transfóbico quando você pode apenas ficar quieto?”.
Debate e discussão no tribunal
Durante a sessão, Izzy relatou: “Parecia que estavam me dando um sermão sobre algo a ver com os valores britânicos e dizendo que, de alguma forma, não estávamos aderindo a esses valores”.
Ian Clarke, advogado que representou a escola no caso, contestou: “Você também disse, em sua declaração de testemunha, que a carta fazia um comentário depreciativo sobre as atitudes dos pais… Onde isso estava escrito?”. A mãe logo respondeu: “Sinto que esta carta estava realmente tentando martelar os pais e induzi-los a algo que nunca havia acontecido antes”.
O advogado leu uma parte da carta enviada para os pais, que dizia: “Em junho, celebrar o Orgulho é aprender sobre a diversidade de toda a nossa comunidade escolar e combater o bullying”. Em seguida, Clarke disse: “Pelo que entendi, você não tem problemas em celebrar a diversidade de toda a comunidade escolar e combater o bullying?”.
Izzy contestou: “Para mim, pessoalmente, não é algo que eu comemoraria. Não é algo que eu escolheria para comemorar. Acho bom que a comunidade mais ampla se reúna e aprendamos e vivamos juntos. Não sei se com ‘comemorar’ você quer dizer ‘fazer uma festa’. Não é algo que eu assistiria”.
Ela e seu marido foram descritos como “cristãos devotos renascidos” pelo juiz do caso, que ainda acrescentou: “Eles acreditam que as relações sexuais devem ser abstidas ou ocorrer dentro de um casamento vitalício entre um homem e uma mulher. Para eles, qualquer atividade fora desses limites é pecaminosa. Eles também dizem que o orgulho é considerado o mais grave dos pecados capitais”.
O caso ocorreu em 2018, mas viralizou esta semana após uma publicação da britânica nas redes.