Imagens raras: fotógrafa do RS registra parto empelicado
Fenômeno acontece uma vez a cada 80 mil nascimentos. Ao Metrópoles, profissional se emocionou ao relembrar episódio
atualizado
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Maria Vitória já veio ao mundo surpreendendo. A pequena nasceu dentro da bolsa amniótica, fenômeno conhecido como parto empelicado, em 22 de setembro, no hospital de Cachoeira do Sul (RS). “Estou emocionada até agora”, declara a fotógrafa responsável por eternizar o momento, Rochele Macedo.
Em entrevista ao Metrópoles, a especialista revela que o nascimento da bebê foi o mais importante de sua carreira. “Registro partos desde 2017, mas o de Maria Vitória foi especial. Nem sei descrever o que senti no momento. Foi uma emoção enorme”, revela. Estima-se que o fenômeno aconteça uma vez a cada 80 mil nascimentos.
“Parece que eu estava flutuando. Sempre quis fotografar um parto como esse. Senti vontade de chorar”, relembra.
A pequena é filha da cabeleireira Aline da Silva Scremin, mãe de outras três crianças. “A menina é abençoada. Veio sem ser planejada em uma família com três filhos homens. O nome diz tudo: ela é uma vitória”, destaca Rochele.
A fotógrafa fez sucesso ao compartilhar imagens do parto atípico nas redes sociais. “Que momento especial! De se emocionar mesmo”, comentou uma internauta. “Registro incrível”, parabenizou outra.
Raro, mas inofensivo
Na maioria dos casos, o saco amniótico, também conhecido como bolsa, se rompe durante o trabalho de parto, logo após as primeiras contrações da mulher. Porém, em algumas situações raras, o bebê nasce ainda envolto pela fina, mas resistente membrana que o manteve imerso em líquido amniótico durante a gestação.
Embora os fatores que levem a esse tipo de parto ainda sejam desconhecidos, ele não oferece risco, nem para a mãe, nem para a criança. A bolsa, na realidade, protege o bebê, diminuindo as chances de traumas no canal vaginal. Desde os tempos medievais, em diversas culturas, nascer dentro do saco amniótico é considerado um sinal de boa sorte para o feto.
Os partos empelicados podem ocorrer em nascimentos naturais ou cesáreas e são desejados pelos médicos quando a mãe tem alguma doença infecciosa, como HIV, pois o saco amniótico impede o contato direto da criança com o sangue da progenitora.