Dermatologista indica os melhores métodos de depilação para grávidas
O Metrópoles conversou com a dermatologista Judith Cavalcante sobre quais os métodos mais indicados para gestantes. Confira!
atualizado
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Inúmeras transformações são percebidas pelas mulheres ao longo da gestação e no pós-parto. Neste período, é comum notar que os cabelos ficam mais fortes e brilhosos e a pele, mais hidratada e macia. Segundo a dermatologista Judith Cavalcante, o aumento de pelos corporais também é observado nessa fase, como uma consequência da mudança hormonal que o corpo feminino enfrenta durante a gestação.
E de pelos, nem todo mundo gosta… Porém, há quem diga que a depilação durante a gravidez pode ser um procedimento arriscado. O que antes fazia parte da rotina da mulher passa a ser motivo de dúvidas e receios. Contudo, ainda que seja necessário ter cuidado e atenção redobrada, nem todo procedimento estético representa um perigo iminente para a grávida ou para o bebê.
Sim, as grávidas podem se depilar no período gestacional. Para aquelas que não querem abrir mão, a especialista traz algumas dicas essenciais pensadas especialmente para a pele da gestante, que se torna mais propensa a irritações e alergias por conta das alterações na imunidade e por absorver de maneira mais intensa as substâncias que entram em contato com a pele.
“As mulheres grávidas podem fazer depilação em qualquer fase da gestação, a diferença é que escolher métodos menos agressivos para a pele se torna ainda mais importante. O mesmo vale para as primeiras semanas após o parto, já que também são acompanhadas de diversas mudanças hormonais”, explica a expert Judith.
Método de depilação
Esta será sempre uma escolha particular de cada mulher. “Métodos que utilizam laser e luz intensa pulsada são contraindicados pela maior chance de hiperpigmentação. Os cremes depilatórios também devem ser evitados, pois, além de a gestante estar mais propícia a alergias por alterações na imunidade, a vascularização aumentada da pele nesta fase faz com que esses potenciais irritantes sejam mais absorvidos”, conta a dermatologista.
“Na depilação com cera, deve-se evitar o calor e o trauma de puxar excessivamente, que também podem gerar escurecimento da pele. O depilador elétrico é uma escolha interessante, já que não promove o contato da pele com itens irritantes ou calor. Porém, como em qualquer método, deve-se redobrar a atenção à exposição solar na área depilada, que aumenta ainda mais o risco de manchas”, comenta.
Outra dica da especialista é sobre os cuidados com os métodos que causavam algum tipo de problema. “É importante evitar os já testados previamente à gestação e que irritaram a pele. Nesta fase, tudo o que despertar alguma alergia ou inflamar terá ainda maior tendência a gerar manchas”.
Aparar x depilar
Aparar é sempre menos agressivo que arrancar ou raspar rente à pele. Quando aparamos, fica uma pequena extremidade do pelo fora da pele, evitando que encrave ou gere foliculite. Entretanto, para quem não tem esta tendência, arrancar promove um resultado mais duradouro, necessitando depilar com menos frequência.
“Ao raspar com lâminas descartáveis de forma rente, a camada mais superficial da pele é agredida, com maior predisposição a irritações, inclusive por dermatite de contato ao próprio metal; foliculite; e, por fim, encravamento. No pós-parto, para aquelas que fizeram uma cesariana, por exemplo, deve-se evitar métodos depilatórios na zona dos pontos da cesárea até a completa cicatrização da ferida”, elucida.
Depilação íntima
Pela dificuldade de visualizar a região íntima nas fases mais avançadas da gestação. “Caso escolha realizar o processo sozinha em casa, evite o uso de lâmina ou cera quente, pois podem gerar cortes e queimaduras. Se der preferência ao depilador elétrico, escolha dispositivos com extremidades arredondadas e proteção da área cortante no caso dos raspadores”, indica a profissional.