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Criança deve tomar remédio para abrir o apetite? Experts respondem

Apesar da falta de apetite não ser um motivo de alarde na maioria dos casos, é essencial estar atento ao comportamento alimentar da criança

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Na foto, uma criança emburrada olhando para a comida - Metrópoles
1 de 1 Na foto, uma criança emburrada olhando para a comida - Metrópoles - Foto: Getty Images

Fazer aviãozinho, decorar o prato com uma carinha feliz ou oferecer uma sobremesa. Nada funciona quando a criança faz birra para não querer comer. Uma solução que muitos pais encontram para resolver o problema é dar remédio para abrir o apetite. Mas será que isso ajuda?

Ao longo dos anos, os estimuladores de apetite têm sido aclamados como “milagrosos” por muitos familiares, que acreditam não causar danos aos pequenos. A realidade, no entanto, é outra. Isso porque eles podem oferecer riscos se ingeridos sem necessidade.

“Há pesquisas que indicam que o medicamento não modifica o apetite por mais de 15 dias. A criança ainda pode ter efeitos colaterais secundários. O mais complexo é que não há estudos concretos que mostrem a sua eficácia”, explica a pediatra do Hospital Brasília Unidade Águas Claras, que integra a Dasa, Danielle Sampaio.

Remédio para criança
Hoje, existem vários remédios para estimular o apetite da criança

Embora a recusa de alimentos por parte da criança não seja um motivo de alarde, é essencial estar atento ao comportamento alimentar dos pequenos. A medicação, por sua vez, deve ser uma preocupação constante dos pais, já que o seu uso incorreto é capaz de levar ao sobrepeso.

Estimulantes de apetite funcionam?

Popularmente conhecidos como “remédios para engordar”, os estimulantes de apetite são suplementos utilizados para aumentar a fome e ganhar peso. Há, no entanto, uma dúvida comum entre os pais sobre os efeitos e resultados do medicamento.

Segundo a nutricionista Lilian Lima, os remédios para abrir o apetite funcionam e podem facilitar a ingestão de alimentos. “Eles possuem alguns compostos e minerais que exercem um efeito positivo sobre o apetite, principalmente vitaminas do complexo B”, explica.

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Afinal, isso pode impactar a saúde das crianças
Por isso, muitos familiares apelam para o uso de estimulantes de apetite
Eles realmente podem ajudar as crianças
Mas, é preciso consultar um médico antes de dar a medicação
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A falta de apetite dos filhos é uma grande preocupação dos pais

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Afinal, isso pode impactar a saúde das crianças

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Por isso, muitos familiares apelam para o uso de estimulantes de apetite

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Eles realmente podem ajudar as crianças

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Mas, é preciso consultar um médico antes de dar a medicação

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A profissional ainda ressalta que a eficácia vai depender da dinâmica familiar e do quadro clínico da criança. “É necessário avaliar a rotina do indivíduo. Muitas vezes, as crianças não têm apetite porque não são incentivadas a comer certo e beliscam alguma coisa o tempo todo”.

Alerta para o uso do remédio em crianças

Há fases em que a criança quer pular uma refeição ou comer apenas um tipo de alimento. Isso, de certa forma, faz com que os familiares recorram ao uso de fortificantes. O que muita gente não sabe é que o medicamento pode ser uma solução perigosa.

“Não é recomendável usar estimulantes de apetite porque a criança pode ter fraqueza, tontura, diarreia e até mesmo intestino preso. Antes de tudo, os pais precisam saber o que faz a criança comer bem e por que ela não come como gostaria”, elucida a pediatra.

Criança não deve tomar remédio para abrir o apetite
Algumas crianças podem apresentar efeitos colaterais secundários

De acordo com Danielle, é essencial entender o contexto da situação, além de saber que pode ter períodos em que o pequeno se alimenta melhor ou pior. Ela também tranquiliza os familiares, dizendo que o apetite varia de acordo com a idade e o humor.

Como saber se a falta de apetite não é algo mais grave?

A falta de apetite pode ser algo comum e temporário, muitas vezes relacionado a fatores como alterações no crescimento ou mudanças na rotina. A situação, entretanto, pode ser mais séria. Por isso, a pediatra Danielle recomenda observar os sinais que a criança está apresentando.

“Refeições prolongadas, a recusa alimentar com duração superior a um mês, falta de independência ao comer e distração na hora da comida são alguns indícios que indicam que a criança realmente apresenta problemas ao se alimentar”, explica, aconselhando procurar um pediatra nos primeiros sintomas.

Danielle, então, ressalta: “É importante lembrar que o padrão hoje em dia não é mais de uma criança ‘cheia de dobrinhas’. Caso ela esteja de acordo com a curva do crescimento, não há nenhum problema e, nesses casos, os pais devem cuidar da própria ansiedade.”

Saiba o que fazer quando a criança não quer comer

Para ajudar os pais a lidar com a dificuldade alimentar na infância, a nutricionista Lilian Lima deu algumas dicas para incentivar a criançada a comer. Tome nota:

  • Ajustar os horários das refeições;
  • Proibir que a criança coma outros alimentos nos intervalos das refeições;
  • Evitar oferecer bebidas junto com almoço ou jantar;
  • Não permitir que a criança use dispositivos eletrônicos à mesa;
  • Oferecer alimentos, mesmo que a criança não aceite.

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