Cada hora a menos de sono aumenta em 23% o risco de obesidade infantil
Dado foi levantado por estudiosos do Reino Unido. Segundo eles, uso descomedido de eletrônicos também prejudica a boa forma dos pequenos
atualizado
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Privação de sono e uso excessivo de eletrônicos aumentam o risco de obesidade infantil, alerta uma nova pesquisa do Royal College of Surgeons, do Reino Unido. O estudo teve a partição de mais de 4 mil crianças, com idades entre 2 e 11 anos.
De acordo com o levantamento, para cada hora a menos de sono do que o recomendado para a faixa etária, o risco de obesidade cresce 23%. Segundo a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos (NSF, da sigla em inglês), crianças de 2 anos devem dormir de 11 a 14 horas por dia. As de 3 a 5 anos, de 10 a 13. Já os pequenos até os 13 anos de idade precisam descansar ao menos 9 horas consecutivas.
O artigo ainda revela que o uso descomedido de gadgets também pode aumentar as chances de sobrepeso. Para cada hora em frente às telas além do recomendado, sobe em 16% o risco da criança desenvolver obesidade. O tempo de entretenimento on-line recomendado pela Academia Americana de Pediatria (AAP), para crianças de 2 a 5 anos, é de uma hora. Já para os pequenos de 5 a 11 anos, o período permitido dobra.
Na pesquisa, os estudiosos afirmam que há uma correlação clara entre o aumento do uso de eletrônicos e a diminuição do sono. Por isso, reduzir a quantidade de tempo que as crianças gastam com tecnologia pode ajudá-las a dormir melhor.
A falta de noites bem dormidas, ainda segundo o levantamento, causa alterações nos hormônios que regulam o apetite e a sensação de saciedade, o que torna as crianças mais propensas a comer em excesso. Já a falta de energia dificulta a prática de exercícios e, consequentemente, a perda das calorias consumidas.
“Nosso estudo destaca estratégias de prevenção de sobrepeso e obesidade que promovem a duração adequada do sono e limitam o tempo de tela, uma vez que ambos demonstraram estar relacionados ao excesso de peso”, diz Viveka Guzman, pesquisadora à frente do artigo .
A análise foi realizada a partir de relatos dos pais sobre a quantidade de horas que os filhos passam diariamente jogando videogame, assistindo televisão, usando celular, computador ou tablet e dormindo.