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Marcas reprovadas em laudo tinham 0% de creatina e são reincidentes

Segundo a Abenutri, 10 marcas das 88 analisadas tiveram 100% de variação, ou seja, contêm qualquer farinha na embalagem, menos creatina

atualizado

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A mão feminina segura a colher de medição com porção de proteína de soro de leite em pó sobre o frasco plástico sobre a mesa de madeira com coqueteleira, banana e maçã. Processo de fazer bebida proteica, vista superior - Metrópoles
1 de 1 A mão feminina segura a colher de medição com porção de proteína de soro de leite em pó sobre o frasco plástico sobre a mesa de madeira com coqueteleira, banana e maçã. Processo de fazer bebida proteica, vista superior - Metrópoles - Foto: Getty Images

Em novo laudo obtido com exclusividade pelo Metrópoles, a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) revelou que, de 88 marcas de creatina à venda no mercado, 18 foram reprovadas quanto ao verdadeiro teor da substância presente no produto, apresentando inconformidade entre o que foi informado no rótulo e o que realmente consta no pote.

Dessas 18 marcas, 10 tiveram 100% de variação, ou seja, contêm qualquer farinha na embalagem, menos creatina. Vale lembrar que a legislação brasileira permite até 20% de variação, no máximo.

Confira as marcas que tiveram 100% de variação no laudo da Abenutri:

Vale lembrar que, no ano passado, a creatina foi o suplemento esportivo mais pesquisado no Brasil, crescendo 30% em relação ao ano anterior, e tomando o posto que antes pertencia ao whey protein.

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O “boom” dessas buscas revela o crescente interesse no consumo do produto. Junto a maior busca pelo item, aumentaram também os casos de fraude dessa mercadoria, que pode ser usada não apenas por quem pratica atividade física, como também idosos e pessoas que precisam recuperar a massa muscular, como pacientes com câncer.

Ou seja: a venda de creatinas 100% fraudadas não apenas impacta o mercado, como também pode causar graves prejuízos ao bem-estar dos consumidores.

Para piorar a situação, algumas empresas são reincidentes. No laudo anterior, divulgado pela associação em 2023, algumas das marcas citadas já haviam apresentado inconformidade com seus produtos.

É inegável que os órgãos de saúde pública terão um trabalho a mais na fiscalização dessas empresas clandestinas. Infelizmente, fabricantes que operam às escuras nem sempre são inofensivos, inclusive, podem até se tratar de quadrilhas que praticam crimes contra a saúde pública.

Muitas delas já perceberam a tendência mundial e criaram rotas alternativas para lucrar às custas da saúde da população. Quando essas operações são deflagradas, nada impede que caiam em esquemas criminosos, como o que adulterava whey protein e outros suplementos de academia envolvendo um empresário de São Paulo.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os envolvidos encomendavam suplementos como whey protein, creatina e outras vitaminas bastante populares em academias, de grandes empresas do ramo, sempre com data de validade próxima ao vencimento. Depois disso, as embalagens eram remarcadas e tinham o vencimento adulterado.

Em alguns casos, a quadrilha abria as embalagens com produtos “empedrados” e utilizava uma centrífuga para triturar a substância para que voltasse à condição original. Após a centrifugação, a mercadoria era reembalada e vendida a preços menores do que os praticados pelo mercado.

Por isso, o senso crítico e o cuidado na aquisição de suplementos nunca se fez tão urgente, mas não bastam. A fiscalização e controle pelos órgãos reguladores de saúde seguem extremamente necessários.

As empresas citadas foram procuradas pela reportagem do Metrópoles. O espaço segue aberto para manifestações.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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