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“Maquiadora dos mortos” conta como é trabalhar conservando corpos

A maquiadora Carolina Maluf é tanatopraxista e se dedica a preservar os corpos por mais tempo no velório, evitando a decomposição

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Foto colorida de uma mulher falando e três pessoas em volta de uma maca - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de uma mulher falando e três pessoas em volta de uma maca - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Carolina Maluf conquistou as redes sociais em razão da sua profissão peculiar: ela é tanatopraxista. Para quem não está familiarizado com o termo, essa profissão se dedica a preservar o corpo por mais tempo no velório, evitando a decomposição.

A técnica da tanatopraxia chegou ao Brasil apenas em 1990. A ideia é assegurar que o corpo não sofra o processo de decomposição até o sepultamento ou cremação. “Trata-se de um profissional que atua na conservação de cadáveres e assepsia para proporcionar à família um velório seguro”, explicou Carolina à revista Marie Claire.

Segundo a mulher, sua paixão pela área começou quando tinha apenas oito anos. Na época, seu avô era anatomista e técnico de preparo da Universidade de São Paulo (USP). Como ele preparava animais e corpos para estudos, Carolina assistiu a muitos trabalhos. Foi aí que teve certeza sobre a área que iria atuar.

Foto colorida de uma mulher no velório - Metrópoles
Carolina Maluf tem mais de 100 mil seguidores no Instagram

Com mais de 17 anos de experiência no setor, Carolina atualmente ministra cursos e já formou mais de 4 mil alunos para o mercado. “Comecei há 18 anos, era difícil ainda mais para mulheres”, contou a paulistana, dizendo que sempre teve muita convicção sobre a profissão.

“É um verdadeiro artesanato. Deixar o feio, belo. A morte tem muitas faces desagradáveis e quando observada de perto tem uma beleza única. A tanatopraxia vai muito além de somente preparar um corpo. É oferecer cuidado e zelo aos familiares enlutados, é garantir um luto digno e respeitoso”, relatou à Marie Claire.

Rotina “com os mortos”

A rotina de Carolina conta com procedimentos que englobam a troca de fluidos do corpo e reparo de face em corpos acidentados. Além disso, há a escolha das flores no caixão e a maquiagem dos corpos, que é feita de acordo com o desejo da família para evitar frustrações.

Foto colorida de várias pessoas em volta de uma maca - Metrópoles
Carolina ministra cursos na área

Segundo a maquiadora, a parte mais legal é ensinar e cuidar dos corpos. Por outro lado, lidar com o ego tem sido um obstáculo. “Eu não sei se atribuo isso a essa era da internet onde as pessoas precisam mostrar a que vieram. Mas é muito chato lidar com as pessoas que disputam para ver quem é o melhor preparador”.

Uma coisa que Carolina evita ao máximo é fazer tanatopraxia em pessoas conhecidas. Ela também nunca se acostumou com o mau cheiro dos corpos. “Minha sensibilidade olfativa chegou num ponto onde meu único vício são perfumes. Eu sou apaixonada por perfumes e adquiri o hábito por conta disso”, finalizou.

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