Leite de caixinha faz bem? Tire as suas dúvidas sobre o produto lácteo
Há quem pense que o leite de caixinha seja um produto regado de aditivos químicos, como os conservantes, mas não é bem assim
atualizado
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Há quem pense que o leite de caixinha seja um produto regado de aditivos químicos, como os conservantes. No entanto, o primeiro ponto a ser esclarecido é que a legislação brasileira não permite a adição de nenhum tipo de conservante à bebida. Se isso acontecer, trata-se de uma fraude.
O que faz o leite durar tanto tempo, sem refrigeração, é a combinação de tratamento térmico (ultrapasteurização) associado à tecnologia de embalagem.
Na ultrapasteurização, os microorganismos são eliminados, deixando a bebida estéril. Em seguida, ela é inserida na caixinha asséptica, composta por camadas de diferentes materiais.
É válido frisar que o único componente permitido de ser adicionado à bebida é um estabilizante, o citrato de sódio, já presente na composição do leite natural e que garante a proteção das proteínas durante o processo de ultrapasteurização.
Inclusive, já é possível encontrar versões de leite sem nenhum tipo de ativo, contendo apenas leite e nada mais.
Isso se deve pela proximidade entre as fazendas e os laticínios, justamente pelo leite ser transportado por curtas distâncias, possibilitando seu processamento térmico em um período menor de tempo após a ordenha. Com isso, as proteínas se mantêm estáveis, dispensando a necessidade de estabilizante.
De acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia, a ingestão de leite é saudável pelo fato de a bebida ser fonte importante de proteínas e cálcio.
Só deve se abster do consumo aqueles indivíduos que sofrem de intolerância ou alergia, uma vez que, nesse caso, não é a bebida que é ruim, mas sim o organismo da pessoa que não digere bem a substância.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica