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Harry e Meghan comentam guerra na Ucrânia ao receberem prêmio nos EUA

O casal deixou claro o posicionamento em relação à guerra na Ucrânia ao ser homenageado no NAACP Image Awards

atualizado

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1 de 1 harry e meghan - Foto: MTV/Reprodução

Harry e Meghan Markle demonstraram apoio à Ucrânia ao receberem o prêmio NAACP Image Awards de serviço público distinto nesse sábado (26/2), nos Estados Unidos. A premiação anual é dada pela Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) aos afro-americanos mais influentes do cinema, da televisão e da música.

O casal recebeu a honraria após ajudar um abrigo para mulheres no Texas. “Antes de mais nada, gostaríamos de saudar o povo da Ucrânia, que precisa urgentemente de nosso apoio contínuo como comunidade global”, disse Harry ao receber o prêmio. Os duques de Sussex já haviam declarado apoio ao país em conflito com a Rússia.

No palco do evento, o príncipe ainda reconheceu o trabalho da Archewell Foundation, instituição filantrópica fundada por ele e pela esposa que ajuda a combater a Covid-19 e lança luz a diversos movimentos sociais, a exemplo do Black Lives Matter.

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Harry e Meghan no palco do evento de gala

Primeiro apoio à Ucrânia

A primeira declaração dos Sussex sobre a guerra da Ucrânia veio após o líder russo, Vladimir Putin, anunciar uma “operação militar especial” em Donbass, região separatista do país.

Em nota, eles afirmaram estar ao lado do povo ucraniano e chamaram a decisão de Putin de “violação do direito internacional e humanitário”.

“O duque e a duquesa de Sussex e todos nós em Archewell estamos ao lado do povo da Ucrânia contra essa violação do direito internacional e humanitário e incentivamos a comunidade global e seus líderes a fazerem o mesmo”, diz o comunicado.

Rússia x Ucrânia: entenda conflito entre países que já foram uma nação

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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