Harry diz que recorreu a álcool e drogas para lidar com morte de Diana
Em episódio da série sobre saúde mental codirigida com Oprah Winfrey, o duque de Sussex abriu o coração e detalhes de sua intimidade
atualizado
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O príncipe Harry contou que tentou “mascarar” suas emoções com álcool e drogas após a morte precoce da mãe, a princesa Diana. O filho mais novo de Lady Di abriu o coração em série documental que estreou nesta sexta-feira (21/5).
“Eu estava disposto a beber, eu estava disposto a usar drogas, eu estava disposto a tentar e fazer as coisas que fizessem eu me sentir menos como estava me sentindo”, disse à Oprah Winfrey, com quem divide a direção da produção The Me You Can’t See (O eu que você não pode ver, em tradução do inglês), da Apple TV+.
“Eu provavelmente bebia o equivalente a uma semana de drinks em um único dia, em uma noite de sexta ou sábado. Não porque eu estava gostando, mas porque estava tentando esconder algo”, completou.
O primeiro episódio da série mostra Harry refletindo sobre as dificuldades que enfrentou nos anos após a morte da princesa de Gales. Ele perdeu a mãe em um acidente de carro em Paris, em 1997, quando tinha 12 anos.
Em mais uma revelação à Oprah, o neto da rainha Elizabeth II abordou memórias traumáticas de sua infância, incluindo o momento em que foi fotografado com seu irmão, pai, tio e avô andando atrás do caixão de Diana durante o funeral.
“Era como se eu estivesse fora do meu corpo e apenas caminhando, fazendo o que era esperado de mim. Eu estava mostrando um décimo da emoção que todo mundo estava mostrando: Esta era minha mãe – você nem mesmo a conheceu.”
Harry passou pelo luto não apenas em uma idade jovem, mas em um cenário mundial. Em um relato sincero e aberto, o príncipe revelou que passou por “ataques de pânico e ansiedade severa” ao cumprir deveres reais.
Sob os holofotes
O duque de Sussex, de 36 anos, já foi conhecido como o “príncipe festeiro” mas, agora, é casado com Meghan Markle e pai de Archie, de 2 anos, e de uma menininha a caminho.
Ele cresceu sob os olhares aguçados da mídia – desde um jovem da família real lidando com a morte de sua mãe, passando pela adolescência e sua carreira no exército.
Em busca de vencer os traumas, o neto da rainha Elizabeth II recorreu aos benefícios da terapia. Ele descreve que a atitude o ajudou a “quebrar o ciclo”. “A terapia me equipou para ser capaz de fazer qualquer coisa. Eu sabia que se não fizesse e me curasse, perderia essa mulher com quem eu queria passar o resto da minha vida”, enfatizou.
A série Apple TV +, lançada nesta sexta, também traz entrevistas emocionantes com Lady Gaga, Glenn Close e a própria Oprah Winfrey.