Robô feminista monitora projetos de lei que prejudicam mulheres
Ela recebeu o nome de Beta e, por meio de redes sociais, informa aos usuários sobre retrocessos que retiram direitos femininos
atualizado
Compartilhar notícia
O nome dela é Beta e a “moça” apresenta-se como “uma robô feminista até o último código”. Trata-se de uma ferramenta criada pela Ong Nossas para alertar sobre projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e podem retirar direitos das mulheres.
Após um breve bate-papo, você receberá alertas sobre projetos como a PEC 29, a PEC 181 e o Estatuto do Nascituro, que proíbem o aborto em qualquer situação, entre outros retrocessos. Beta também promove protestos virtuais, enviando mensagens para deputados e senadores que votarão essas propostas.O primeiro passo é procurar a Beta no chat do Facebook. Basta apertar um botão para começar a conversa. “Meu nome é Betânia, mas pode me chamar de Beta. Prazer! Sou uma robô feminista até o último código. Pra interagir comigo, é só apertar o botão abaixo. Vamos nessa?”, convida a simpática interlocutora.
A diretora de projetos da Nossas, Mariana Ribeiro, explica que a ideia de criar uma robô feminista veio das eleições norte americanas, onde essa tecnologia foi amplamente utilizada para se comunicar com os eleitores.
Muitas mulheres são feministas, mesmo as que não são militantes. Faltava um canal para informar esse público sobre o que está rolando e, fazendo isso através de uma ferramenta que usamos todos os dias, entregamos esse conteúdo de forma muito efetiva. Falamos com as mulheres onde elas já estão.
disse Mariana à revista Trip.
A intenção é que Beta sintetize as vozes femininas que buscam ser ouvidas em um ambiente predominantemente masculino e conservador, como o Congresso Nacional. “É uma possibilidade de fazer barulho. Embora o poder público se sinta muito blindado, eles vão saber que tem gente preocupada com esses assuntos. Precisamos nos fazer presente em um processo que nos ausenta o tempo todo, um processo político”, afirmou Mariana.