Malu Mader: “Proibir o aborto é criminalizar a mulher pobre”
Declarações foram dadas durante programa “Encontro com Fátima Bernardes” e criticou políticos, religiosos e justiça
atualizado
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A atriz Malu Mader criticou, durante o programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da última quarta-feira (6/12), parlamentares que votaram a favor da criminalização do aborto no Congresso Nacional. A global declarou que transformar em crime a prática é criminalizar a mulher pobre, que não tem condições de saúde para decidir sobre acabar com a gestação de forma segura.
Malu Mader contou que quando passou a pensar em relação sexual tinha a sua disposição um médico ginecologista e que sua mãe conversava com ela, buscando sanar dúvidas sobre sua iniciação. “Quase todas as mulheres que esteja com essa questão, esteja em desespero. Então ela devia ter sido atendida antes com quem está tão preocupado com a vida alheia. O governo ao invés de abandonar ali à sua sorte, devia prestar atenção, informar, dar camisinha”.“Ninguém é a favor do aborto, não existe uma questão de ser a favor ou não ser. É uma questão de que ele existe. Muitas mulheres fazem aborto, muitas morrem e sobretudo as mulheres pobres, então mais uma vez é a sociedade criminalizando apenas a mulher pobre. É uma questão de discutir isso, realmente, de fato, porque na verdade a mim me parece que não importa muito a vida dessa mulher, se ela vai morrer ou não”, afirmou a atriz.
Os parlamentares da Câmara dos Deputados não foram os únicos a serem criticados pela atriz. Malu Mader afirmou que o aborto é uma questão de saúde e não religiosa ou de justiça.
“Compreendo que as pessoas se choquem ao falar em tirar uma vida. Mas ninguém se empenhou, nunca numa campanha de conscientização da gravidez indesejada, de educar. Ninguém está tão preocupado assim com a vida das pessoas, como querem fazer parecer. E é a mesma questão em relação a arte. É um conservadorismo também. É uma pauta que é de saúde pública, não é de Justiça, de religiões, de nada”, completou Malu, que atacou deputados homens, únicos a votarem favoráveis ao Projeto de Emenda à Constituição da Criminalização do Aborto.