Estudantes de engenharia da USP viralizam com vídeo empoderador
Inspiradas pela versão da música “Survivor”, as alunas de engenharia civil se reuniram para fazer um vídeo contra o machismo na instituição
atualizado
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Como parte de uma das tarefas da tradicional disputa entre os centros acadêmicos da Politécnica, as alunas de engenharia civil se reuniram para fazer um vídeo contra o machismo na instituição. Nos últimos cinco anos, apenas 27% das pessoas que ingressaram no curso são mulheres. Tudo por conta do preconceito associado ao sexo feminino nas áreas de exatas. E uma vez dentro da academia, elas continuam a escutar que engenharia “é coisa de homem”.
“Inúmeras vezes professores questionam a eficiência de um grupo composto apenas por mulheres, reforçam os estereótipos e a objetificação da mulher”, explicou a estudante Mariana Vieira, 19 anos, ao site Catraca Livre.
Cada uma teve a liberdade de escrever uma frase ou palavra que já tenha escutado contra sua presença na faculdade. Até a vice-diretora da Poli, Liedi Bernucci, participou da ação e aparece com um capacete de engenheira.
“Fizemos em um tom forte, mas sem ser agressivo. A ideia era que as pessoas assistissem e refletissem, pensassem no que as meninas estão falando. E deu certo, repercutiu e muitas pessoas vieram comentar, até os homens. Foi muito interessante”, conta Mariana Duran Meletti, 23 anos, em entrevista ao G1.
O centro acadêmico de engenharia mecânica venceu essa parte da competição — o vídeo já teve mais de 130 mil visualizações —, mas a engenharia elétrica subiu ao lugar mais alto do pódio ao final do torneio. Outras provas incluíam uma caça ao tesouro, cabo de guerra e até a tentativa de uma foto com o apresentador Evaristo Costa.