Entidades se unem para motivar homens a se posicionarem contra assédio
O site The Good Men Project e a Fundação Joyful Heart criaram um conjunto de recomendações para eles aprenderem a lidar com o assunto
atualizado
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Com a avalanche de casos de assédio sexual em Hollywood que vieram à tona nos últimos meses, diversas iniciativas surgiram em apoio às vítimas, entre elas o #MeToo e o Time’s Up.
No entanto, diversos veículos de imprensa norte-americanos criticam os homens que, apesar de terem usado broches em apoio aos movimentos – a exemplo do ocorrido no Golden Globe –, têm se mantido silenciosos sobre o assunto.
“O movimento para acabar com essa violência não terá êxito se só as mulheres fizerem parte dele. Nós não conseguiremos pôr um fim na discriminação, no assédio sexual e em todas as outras formas de abuso contra elas sem os homens desempenhando um papel importante na solução”, escreveram Michael Kasdan e Lisa Winjum, para o site The Good Men Project.Foi pensando nisso que o site, junto à Fundação Joyful Heart – dedicado a criar abordagens criativas para tratar traumas e motivar conscientização sobre problemas como agressão sexual, violência doméstica e abuso infantil –, se uniram para elaborar sete comportamentos direcionados a homens que condenam tais práticas e respeitam as mulheres, mas não sabem bem como se posicionar. Confira as dicas:
Escute as mulheres
Não as minimize, desafie, crie desculpas ou fique na defensiva. E não tente inserir sua própria narrativa. Seja um ouvinte ativo e exercite sua empatia;
Não se esconda. Ficar sem fazer nada não é uma opção
Se você presenciar algum comentário ou atitude abusiva contra uma mulher, se posicione! Não deixe passar e não encare como piada, pois os predadores veem esse comportamento como permissão para continuar agindo de forma inapropriada;
Confie nas mulheres
De acordo com Lisa Winjum, “as mulheres querem e precisam dos homens como aliados. Nós não podemos acabar com a violência sozinhas. Eles precisam trabalhar junto a nós para mudar as atitudes que têm permitido a violência sexual e o assédio”;
Reconheça que abusadores podem ser caras legais com você e, ainda assim, serem abusivos com mulheres
Seu ator preferido está envolvido em um caso de assédio e você está decepcionado e surpreso, afinal, ele “parecia tão legal”? Pois é, as pessoas podem agir de uma forma em público e de outra em privado. É preciso entender também, que, como muitas dessas histórias têm demonstrado, tais homens não tratam as mulheres da mesma forma como tratam outros homens;
Simpatize com as vítimas, não com os abusadores
Uma pessoa que comete abuso pode perder seu emprego e ser rejeitada pelos amigos. Lamentar isso, enquanto ignora o sofrimento da vítima, é totalmente reprovável;
Abandone o argumento “poderia ser minha esposa, mãe ou filha”
Usar essa frase é dizer que o respeito à mulher só é necessário pela sua relação com outros homens, ou seja, como uma forma de propriedade. Elas merecem ser tratadas com dignidade porque são seres humanos, independentemente de seus laços com outros;
Se atenha à realidade, não às exceções
Falsas acusações, de fato, acontecem, mas são raras. O processo jurídico deve ser respeitado, mas isso não significa que a mulher deve ser considerada mentirosa até provado o contrário.