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Entenda o que é gaslighting. Veja cinco obras sobre o tema polêmico

Associado a relacionamentos abusivos, termo vem se popularizando nos últimos anos e ganhou as redes sociais

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Sad wife feel down listening mad husband yelling
1 de 1 Sad wife feel down listening mad husband yelling - Foto: iStock

Talvez você já tenha escutado o termo gaslighting em rodas de conversas ou lido ele em comentários das redes sociais. A palavra traduz uma violência psicológica típica de relacionamentos tóxicos, em que o abusador distorce, mente e manipula a vítima até ela achar que enlouqueceu e está errada.

A expressão, cunhada em 1960, veio do filme Gaslight, estrelado por Ingrid Bergman. No longa, a personagem sofre nas mãos do marido, que chega a diminuir a luz e o gás da casa deles para fazê-la questionar a própria sanidade. Quase 60 anos depois, o tema segue relevante e permeando as relações humanas. Os discursos de defesa do médium João de Deus, por exemplo, receberam críticas porque o advogado Alberto Toron estaria utilizando essa técnica para diminuir o peso dos depoimentos das vítimas. 

É importante frisar que, de forma geral, as mulheres são vítimas de gaslighting em relacionamentos amorosos com os homens, mas isso não é exclusividade. Essa manipulação cruel pode ocorrer na convivência familiar, no trabalho e nas amizades. Além disso, ela não é exclusiva a um gênero.

“Geralmente, quem manipula emocionalmente tende a desvalorizar, diminuir e confundir os sentimentos do outro”, comenta a psicóloga Cláudia Lobo. “Existem sinais para nos ajudar a identificar isso, como fazer o parceiro acreditar que está errado, culpabilizá-lo por suas ações, invalidar a dor do outro e insultar, dizer que ele está louco”.

Quando perceber esses sinais, Cláudia recomenda se afastar do abusador. “Nem sempre é fácil, mas é necessário”, complementa. Não ceder à culpa, ser assertivo e capaz de dizer não são outras dicas da especialista. Dependendo do caso, talvez seja necessário realizar um trabalho psicológico ou psiquiátrico para fortalecer a autoestima, segurança, confiança e capacidade de criar laços.

“É muito importante enfatizar que esse tipo de abuso pode acontecer com qualquer pessoa e não devemos culpar a vítima, porque nunca é culpa dela”, reforça. Para continuar a conversa sobre gaslighting, reunimos cinco obras para você conhecer e se aprofundar no assunto. Confira:

O Fenômeno Gaslighting, de Stephanie Moulton Sarkis
O trabalho de Stephanie Moulton Sarkis, Ph. D. em comportamento e saúde mental, chega ao Brasil este mês e pode ser comprado online. O livro consiste em um compilado de casos de gaslighting, seja dentro de casa, com os amigos ou no trabalho. Na obra, a autora também ensina como identificar e lidar com esse tipo de manipulação, além do impacto disso na autoestima feminina.
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O que é gaslighting em relacionamentos?
A animação didática do Psych2go é uma forma fácil de entender como essa técnica funciona. O conceito, de primeira, pode parecer complicado, mas depois dos sete minutos do vídeo já é possível identificar esse cenário.

A Louca Não Sou Eu, de Beatriz Manfredini e Giulianna Muneratto
O que começou como um trabalho de conclusão de curso, virou um livro reportagem publicado. No livro, as autoras contam histórias vividas por 12 vítimas de relacionamentos abusivos e narram as violências físicas e psicológicas sofridas por essas mulheres.

Como lidar com gaslighting
Em poucos minutos e apenas com a fala, Ariel Leve consegue demonstrar as consequências emocionais de gaslighting. A jornalista viveu a agressão dentro de casa na relação com a mãe e conta os mecanismos que criou quando criança para sobreviver.

Jessica Jones
A série de 2015, produzida pela Netflix, ajuda os espectadores a entenderem melhor o empoderamento feminino e a primeira temporada possui um arco claro sobre gaslighting. Na trama, o vilão Kilgrave mexe com as lembranças da protagonista e distorce a realidade. Apesar das manipulações, Jessica se mantém firme e consegue escapar das confusões mentais causadas pelo antagonista.

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