Falso saudável? Veja se tomar refrigerante diet é melhor para a saúde
Por trás da doçura aparentemente inofensiva do refrigerante diet, crescem alertas e debates sobre os potenciais perigos à saúde
atualizado
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Se existe um produto alimentício para lá de sedutor é o tal do refrigerante. Não à toa, gigantes do ramo alimentício que vendem o item lideram o pódio de faturamento industrial no mundo. Como uma alternativa às versões regadas de açúcar, muita gente recorre aos do tipo diet ou “no sugar“, acreditando estar fazendo uma escolha mais saudável. Mas será mesmo?
A ciência tem se desdobrado para trazer respostas. Por trás da doçura aparentemente inofensiva, crescem os alertas e debates sobre os potenciais perigos à saúde. Novas pesquisas têm sido divulgadas associando o consumo dessas bebidas a problemas no coração, esteatose hepática (popularmente conhecido como fígado gorduroso), diabetes, doenças autoimunes e até mesmo câncer.
Em março deste ano, a Associação Americana do Coração revelou um achado inédito e para lá de preocupante: a bebida do tipo zero foi relacionada ao desenvolvimento de fibrilação atrial, um tipo de arritmia ligada à produção de coágulos no coração. Para chegar à conclusão, os pesquisadores investigaram dados de saúde de mais de 200 mil indivíduos.
Foi constatado um risco 20% maior de desenvolver o quadro entre as pessoas que consumiam mais de dois litros de refrigerante diet semanal.
Dessa forma, para aqueles indivíduos que se apegam ao fato da bebida não conter açúcar para aumentar a permissividade do consumo, as investigações ligam vários sinais de alerta, especialmente para indivíduos que têm doenças pré-existentes. O ideal, nesses casos, é evitar ao máximo o consumo dessas bebidas.
É válido frisar que, ainda que não haja prova definitiva, é válido considerar as diversas preocupações levantadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os refrigerantes dietéticos.
Acreditar que o problema do consumo se deve exclusivamente à presença de açúcar é um erro. O adoçante utilizado nessas bebidas já foi classificado pela OMS como uma substância “potencialmente cancerígena”. Além disso, não é a única substância química presente nesses produtos.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica