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Estudo revela presença de microplásticos em placentas humanas; entenda

A presença dos microplásticos na placenta causa preocupação, principalmente, diante da quantidade dessas partículas no meio ambiente

atualizado

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desenho de um feto dentro de uma barriga
1 de 1 desenho de um feto dentro de uma barriga - Foto: Getty Images

Pesquisas já revelaram a presença dos microplásticos nos lugares mais inusitados possíveis e, no caso de itens como águas engarrafadas e outros alimentos industrializados, nem chocam mais. Mas, agora, em um novo estudo, os pesquisadores descobriram a presença de microplásticos em amostras de placentas.

A pesquisa foi publicada em 17 de fevereiro na revista científica Toxicological Sciences. De acordo com o estudo, foram encontrados microplásticos em 62 amostras de placentas e as concentrações das partículas de até 1 milímetro variam de 6.5 a 790 microgramas por grama de tecido.

Fotografia colorida mostra mão cheia de areia com microplásticos coloridos de plástico - Metrópoles
Os microplásticos estão presentes por toda parte

A pesquisa foi liderada por Matthew Campen que é doutor e professor de regentes no Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Novo México, e ele alega preocupação com os efeitos do microplástico na saúde humana, considerando o aumento cada vez maior dessas partículas no meio ambiente.

“Se a dose continuar subindo, começamos a nos preocupar. Se observarmos efeitos nas placentas, então toda a vida dos mamíferos neste planeta poderá ser afetada. Isso não é bom”, afirma o toxicologista, em comunicado.

Dentre os plásticos encontrados estão o polietileno e materiais como PVC, náilon e até poliestireno — que costuma estar presente nos pentes, cabides, embalagens para pastas e margarinas.

Alerta

Não é a primeira vez que microplásticos são encontrados em tecido humano, já que foram descobertos em 2020. Contudo, desta vez, o estudo teve como objetivo medir a quantidade e os tipos de plástico que poderiam ser encontrados.

Em teoria, alguns microplásticos chegam a ser tão pequenos que podem atravessar todos os tipos de membranas do organismo humano. Contudo, novos estudos ainda se mostram necessários para confirmar se eles realmente podem passar da placenta para os fetos.

Uma preocupação a se pensar é a rapidez com que a concentração desses plásticos pode aumentar nas placentas. Elas existem apenas por cerca de oito meses, porém e os demais órgãos humanos? Será que eles também acumulam plásticos durante períodos mais longos?

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

 

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