Escutar música durante o banho estraga o celular? Especialistas respondem
Além do perigo do aparelho ter contato direto com a água, o vapor pode oxidar as terminações internas e prejudicar o funcionamento
atualizado
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Tomar banho com a playlist preferida como trilha sonora ou usar o celular enquanto utiliza o vaso sanitário. Embora sejam hábitos populares, nenhum deles são indicados por especialistas. O vapor d’água e a umidade do banheiro penetram pelas entradas da aparelho e oxidam os componentes internos.
A exposição frequente faz com que, aos poucos, apareçam problemas nas funcionalidades do smartphone, sobretudo danos na tela e falhas no carregamento.
De acordo com Thiago Tavares, sócio-proprietário do Centro de Assistência Oriontech, em Brasília, casos de celulares estragados por conta da oxidação interna são muito comuns, exceto em aparelhos resistentes à água.
“A cada 10 clientes, três nos procuram relatando terem exposto o celular ao vapor durante o banho, ao suor durante atividade física e a submersão em água, especialmente a do vaso sanitário”, diz.
O vapor d’água cria sais minerais condutivos nos componentes do celular. Segundo o técnico Romerito Lopes, por se tratar de um fenômeno químico, não há garantias de que o celular vá sobreviver a oxidação. O conserto depende do nível de estrago e deve ser realizado por profissional especializado.
“Nos casos mais simples, a desoxidação da placa resolve. Entretanto, quando está muito danificado é melhor substituir”, diz Romerito, da Tech Phone, em Brasília.
Para evitar prejuízos maiores, o ideal é realizar a desoxidação logo após à exposição prolongada do celular ao vapor e umidade. O serviço é de baixo custo e serve como prevenção para gastos maiores, como a compra de um novo aparelho.
A recomendação de Thiago para quem for utilizar o celular em ambientes úmidos é tapar as entradas com fita isolante. As áreas dos conectores de carga e de fone de ouvido são as mais suscetíveis a serem penetradas pela água.
“Em geral, os celulares têm tecnologias aprimoradas e vêm com materiais resistentes à água, porém, todo cuidado é pouco”, afirma.
Molhou. E agora?
Além do vapor e umidade, a água em si também é um perigo para os celulares. Ao cair em vasos sanitários, piscinas ou por causa de chuva, o aparelho pode estragar e parar de funcionar.
“A água é condutora de eletricidade, portanto, tentar ligar o aparelho pode ocasionar curtos-circuito e até explosão; e acabar com qualquer chance de recuperação, além de comprometer a integridade física do usuário”, assegura Thiago.
A recuperação do celular após contato com a água pode ser feita de acordo com passo a passo indicado por Thiago:
Confira:
- Depois de retirar do alcance da água o mais rápido possível, mantenha o smartphone desligado para evitar um curto-circuito interno;
- Retire as películas, capinhas e outros acessórios para que o líquido escorra.
- A conhecida técnica do arroz é eficaz nessa fase, porque o alimento absorve água. Tome cuidado para que os grãos não entrem dentro do aparelho pelo conector de carga, isolando com fita adesiva, por exemplo;
- Assim como não se deve ligar o celular após mergulho, também não pode ligar conectar o celular ao carregador.
- Antes de ligar o celular, procure atendimento especializado em conserto de celular para averiguar a situação. Pode ser que seja preciso realizar banho químico e desoxidação.
- Sempre mantenha backup atualizado de contatos, fotos, vídeos e conversas mais importantes para que os dados sejam protegidos em caso de acidentes.