Entenda como a alimentação pode agravar ou melhorar sintomas da dengue
Uma dieta balanceada e com os alimentos certos, ricos em nutrientes, é fundamental para tratar quadros de dengue. Confira!
atualizado
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A infecção por dengue foi responsável pelo decreto de situação de emergência em pelo menos cinco unidades federativas do Brasil. Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, algumas cidades do Mato Grosso do Sul e, por último, a capital carioca estão com números crescentes de casos da doença.
Dessa forma, é necessário estar atento não apenas às precauções para evitar os focos do mosquito, mas também aos cuidados com a alimentação, que se mostrou imprescindível, principalmente, se você está com suspeita de infecção.
Os principais sintomas são marcados por febre alta, dor no corpo e nas articulações, incômodo nos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. É importante frisar que a doença também pode acontecer de forma assintomática.
Os quadros mais graves da doença geram muita preocupação em razão dos riscos de desidratação — pelo aumento dos vômitos — e, principalmente, pelos riscos de hemorragias, que podem ser marcadas pela alteração do padrão de coagulação sanguínea, levando o paciente ao choque grave e a óbito.
Diante disso, a ingestão hídrica e de eletrólitos é essencial para prevenir a desidratação. Ingerir entre 3 e 4 litros de água é necessário, e bebidas como água de coco, chás de camomila e hortelã e leite são bem-vindos. O leite, inclusive, já foi considerado uma das bebidas com maior potencial de hidratação.
Cuidado com a alimentação
É sabido que, em casos de dengue, deve-se evitar medicamentos que contenham aspirina, a substância ácido acetilsalicílico, justamente pelo risco de aumento dos sangramentos. Contudo, a recomendação se estende para alguns alimentos também, já que muitos deles contêm uma substância chamada de salicilato, semelhante à aspirina, que pode interferir na coagulação.
Dentre estes, destacamos batata, tomate, alho, cebola, pimenta, brócolis, berinjela, batata doce, pepino, espinafre, folhas verde-escuro, algas marinhas, abacate, maçã, limão, kiwi, melancia, toranja, pêssegos, ameixas, frutas secas, frutas vermelhas (incluindo açaí) e uva.
Especiarias como gengibre, canela, cúrcuma, orégano, vinagre, e também alimentos industrializados que contêm salicilatos como conservante. Dessa forma, é necessário estar atento aos ingredientes no rótulo. Bebidas alcoólicas e café também devem ser evitadas, além de chás como gengibre, chorão, salsa, alecrim, tomilho e mostarda. No grupo das castanhas, amêndoas, nozes, pistache, castanha-do-pará e amendoim também não contribuem para o quadro.
O que não pode faltar
Sobre os alimentos que não podem faltar na dieta, destacamos as fontes de proteínas magras e ferro como peito de frango, carnes bovinas magras, peixes fontes de ômega-3, como salmão, sardinha ou atum. Lembrando que o ômega-3 não pode ser consumido em excesso em razão dos riscos de sangramento, por isso, evite as suplementações no período.
Leites e derivados (iogurtes e queijos); feijão, lentilha ou grão de bico; frutas, como banana, pêra e mamão também devem estar presentes.
Como opções de lanches, mingau de aveia, biscoito de arroz com ricota e ovos ou sanduíche de pão integral são bem-vindos. Em casos de dificuldade de ingestão proteica, shakes com whey também podem ser uma boa opção.
Manter uma alimentação rica em nutrientes, descansar e priorizar a hidratação são a chave do sucesso para a cura. Por isso, cuide-se.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica