Empresa de cosméticos solicita registro da marca CoronaVírus
Companhia alega que nome será usado para rotular óleo eficaz contra a Covid-19, mas registro de remédio precisa, antes, do aval da Anvisa
atualizado
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Diversos laboratórios farmacêuticos mundo afora estão na corrida contra o tempo para desenvolver medicamentos eficazes no combate à Covid-19. A empresa de cosméticos mineira Hila, no entanto, defende já ter em mãos um produto capaz de atuar contra a pandemia: um óleo essencial de menta.
Mais do que isso: a companhia busca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) o registro da marca CoronaVírus para rotular o remédio e, assim, dar mais visibilidade a ele.
“Já trabalho com o óleo há anos e ele é excelente para queimar bactérias, fungos e ácaros”, diz o diretor da Hila, Amadeu Estulano.
Alertado pela reportagem de que a Covid-19 é causada por um vírus, ele se justifica: “Mas o produto melhora as vias respiratórias, muito afetadas pela doença.”
Procurado, o Inpi diz que o pedido aguarda análise técnica para aprovação.
Para ser categorizado como remédio, o óleo precisaria ainda do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que valida apenas medicamentos com certificação de linhas de produtos e estudos que comprovem segurança e eficácia.
Até o momento, o posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que não há medicamentos comprovadamente eficazes contra a doença.