Dieta da água: como americano sobreviveu 10 dias em montanha nos EUA
Lukas McClish, de 34 anos, sobreviveu nas montanhas geladas dos EUA apenas bebendo água; entenda como isso é possível
atualizado
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Para todos aqueles com espírito aventureiro, essa história realmente é chocante. O americano Lukas McClish, de 34 anos, foi resgatado após ficar 10 dias perdido em uma montanha na Califórnia, nos Estados Unidos. Ele sobreviveu apenas à base de água, levando muita gente a ter dúvidas: como isso é possível?
O incidente aconteceu após o jovem sair para uma caminhada que levaria três horas no último dia 11 de junho. Cinco dias depois, no dia 16, como não apareceu na celebração de Dia dos Pais da família, Lukas foi dado como desaparecido.
Para se manter bem, o jovem disse que ingeriu pelo menos 3,8 litros de água diariamente, usando a própria bota como “copo” para tomar o líquido. “Eu estava meio que fazendo a dieta da água. Se você beber um galão e meio de água todos os dias, você não precisa de comida até acabar com os carboidratos do seu corpo”, contou, ao New York Times.
No âmbito nutricional, para você entender como casos como esse resultam em finais felizes, vale reconhecer a importância da água à saúde. Um indivíduo é capaz de sobreviver sem ingerir alimentos sólidos por cerca de 30 dias, mas bastam três dias sem água para que corra risco de vida, segundo material do Ministério da Saúde.
Durante a privação alimentar, nosso organismo começa a utilizar as reservas de glicogênio (açúcar) e gorduras armazenadas. Se a privação persistir, o organismo possui a capacidade de quebrar a proteína dos músculos para obter energia, resultando na perda de massa muscular.
O corpo irá ficar sem energia e, provavelmente, sintomas como fadiga e fraqueza devem aparecer. Neste momento, o ideal é poupar ao máximo atividade que recrute energia do organismo.
O período ideal que cada organismo irá resistir na privação alimentar, no entanto, não se trata de uma regra. Esse tempo é determinado por fatores como idade, sexo, estado de saúde, peso e grau de atividade física. Quanto melhor o estado de saúde desse indivíduo, maiores serão as chances de sobreviver.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica