Descubra como excesso de proteína pode reduzir o nível de testosterona
O teor de macronutrientes da dieta, ou seja, carboidratos, gorduras e proteínas, interfere na produção de testosterona em homens; entenda
atualizado
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Muito se fala da importância da ingestão proteica na dieta. Entretanto, não é porque o consumo de proteínas é essencial que podemos sair exagerando na dose.
Uma pesquisa divulgada em 2022 revelou que o teor de macronutrientes da dieta, ou seja, carboidratos, gorduras e proteínas, interfere na produção de testosterona em homens.
De acordo com a investigação, dietas com alto teor de proteínas (acima de 35% da ingestão calórica total diária) e com uma baixa ingestão de gorduras (abaixo de 25% da ingestão calórica total diária) estão relacionadas com a redução dos níveis de testosterona em homens.
Já as dietas cetogênicas, ou seja, que têm uma boa quantidade de gordura, mostraram o efeito contrário, ou seja, estavam associadas ao aumento da produção de testosterona total.
A pesquisa alega que a redução da testosterona se deve a uma questão adaptativa, já que o maior consumo proteico gera mais retenção de nitrogênio (composto presente nas proteínas). Quando os homens têm um consumo proteico excessivo, essa diminuição é necessária para que o corpo não retenha tanto nitrogênio a ponto de gerar maior produção de amônia, que é tóxica para o organismo.
Já as dietas com baixa ingestão de gordura e colesterol podem limitar a produção da testosterona, pois o corpo necessita dessas substâncias para produção hormonal.
Cuidado!
Mas nada de sair abandonando a dieta. As pesquisas mostraram que esse efeito é no curto prazo e não causa implicações clínicas. Contudo, entender que mesmo nutrientes básicos são elementares na produção de hormônios é essencial. No caso de mulheres atletas, até o baixo percentual de gordura pode causar problemas hormonais, gerando até amenorréia, ou seja, a privação da menstruação.
Vale frisar que o excesso de qualquer nutriente não é benéfico. As proteínas, quando em excesso, além de aumentar a produção de amônia, também podem ser estocadas como gordura.
Por isso, busque orientações para adequação do seu cardápio dietético.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica