Um giro na CASACOR pelo Brasil: veja as principais tendências de decór
Eventos antecipam o que há de novidade no mercado de arquitetura e décor. Conheça as propostas da mostra em São Paulo, Minas Gerais e Goiás
atualizado
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Guiada pelo tema Casa Original, a CASACOR 2021 promove uma série de reflexões sobre o morar contemporâneo, com foco no evidente desejo de retorno às origens e reconexão com a natureza. A proposta do evento é trazer a valorização das características locais de cada um dos 21 lugares que recebem a mostra, enquanto se alinha às tendências que prometem permear o futuro — e presente — do decór.
A edição de Brasília abre as portas entre 26 de outubro e 5 de dezembro e promete trazer a temática sob o olhar brasiliense. Mas, antes do início do evento, o Metrópoles fez um giro pelas mostras de São Paulo, Minas Gerais e Goiás e revela um gostinho do que vem por aí.
Sustentabilidade
A arquitetura e o design seguem tendências mundiais que englobam várias outras esferas. Com o surgimento da pandemia, o distanciamento social lançou luz sobre o setor, alinhado às tendências mundiais de sustentabilidade — que surgem como uma obrigação, e não mais uma alternativa.
Na visão da arquiteta e designer Rafaela Gravia, esse é o verdadeiro diferencial da mostra este ano, que alia a tecnologia e a preocupação com o meio ambiente. “Um dos grandes destaques, na minha opinião, foi o ambiente Estudio Guto Requena – Casa LG ThinQ, em São Paulo, que traz um projeto open-source de fabricação digital, e une design, arte, tecnologia e sustentabilidade”, comenta.
Construída com chapas de compensado naval de pinus, usinadas em máquina CNC e montada por encaixes, a proposta permite uma obra limpa, rápida e sem resíduos, que pode ser realocada facilmente.
Outro aspecto notável na composição é que desde 2020, a harmonia entre os elementos naturais e as formas orgânicas orienta os rumos do decór. A tendência promete guiar o design de interiores nos próximos anos, priorizando o bem-estar e o aconchego na composição dos lares.
A inclinação rumo aos ambientes naturais segue com a motivação de criar harmonia entre as pessoas e a natureza, considerando a arquitetura e a decoração como uma forma de alcançar esse objetivo — seguindo a linha do design orgânico. Observa-se também uma abertura a imperfeições: em formas assimétricas sem compromisso algum com a rigidez e a simetria.
São Paulo
A mostra na capital paulista mudou de endereço nesta edição: deixou o tradicional Jockey Club e trouxe para o Parque do Mirante ambientes regados à iluminação natural e integração com os ambientes externos.
Os arquitetos e designers convidados souberam mesclar com maestria propostas monocromáticas — com foco em conforto e paletas neutras e minimalistas — e espaços pulsantes, em combinações fortes e inusitadas.
“Há uma utilização bem marcante de materiais naturais, e tons neutros muito versáteis: que permitem que as pessoas coloquem sua própria visão de decoração e personalidade dentro das casas, sem perder a essência”, comenta Rafaela.
Minas Gerais
A locação escolhida para abrigar a mostra em Belo Horizonte é o Palácio das Mangabeiras, um projeto de Oscar Niemeyer com jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx. De todas as mostras, na opinião da arquiteta, a mineira foi a que mais trouxe o tempero brasileiro ao tema.
“Eu chamaria de brasilidade, com ambientes integrados à natureza, muito bem ventilados e construções modulares externas”, frisa Rafaela. Os conceitos são emoldurados por muita madeira e aconchego, incorporando os jardins de Burle Marx. A proposta veio aliada à hospitalidade, arte, natureza e boa mesa, característicos da cidade.
Este ano, Minas continua investindo na preservação da memória, resgatando aspectos históricos da edificação. Nesta edição, é apresentada mais uma parte do projeto de recuperação dos jardins originais de Burle Marx, um trabalho desenvolvido pela paisagista Nãna Guimarães.
Goiás
Na versão goiana da mostra, as referências locais ficaram bem claras na utilização de materiais têxteis, no uso inteligente da luz natural, e em referências mais rústicas, características do design regional. É um aceno ao uso de motivos naturais, em tramas, palhas, madeira, pedras e uma paleta de cores neutra, com um perfume contemporâneo.
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