Renata Dutra: arquiteta adepta do essencialismo se destaca na capital
Fiel ao conceito estético apontado como “irmão” do minimalismo, a profissional coleciona clientes, como Amanda Guerra e o chef Marco Espinoz
atualizado
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Renata Dutra tem ganhado visibilidade no mercado brasiliense por projetar ambientes que traduzem a essência dos donos. O dom de captar e transmitir o estilo de vida das pessoas de forma simples – e com graça – rendeu-lhe clientes ilustres, como a estilista Amanda Guerra e o chef Marco Espinoza.
Participante da CasaCor Brasília e da Mostra Artefacto, a arquiteta de 37 anos é adepta do essencialismo, conceito “irmão” do minimalismo. “Além de acreditar na premissa de que menos é mais, quem segue o movimento prioriza peças de qualidade”, declara a profissional. “Ser essencialista é optar por menos, mas pelo melhor”, afirma.
A agenda da arquiteta tem sido disputada por recém-casados e jovens empreendedores da capital. Ao Metrópoles, ela revela que aposta em cômodos limpos, mas impactantes. “Não há nada pior do que entrar em uma casa e não sentir a personalidade dos donos. Por isso, busco compreender o lifestyle dos meus clientes para criar um projeto que os represente”, conta.
Especialista em design de interiores e iluminação, a brasiliense destaca o cuidado com os detalhes como um de seus diferenciais. “Muitos indivíduos, incluindo profissionais do setor, acabam sendo levados pelo consumismo na hora de decorar um ambiente. O resultado é uma casa abarrota de peças desnecessárias. O que tento ensinar aos meus clientes é que cada item deve ter um significado. Nada deve ser comprado aleatoriamente”, diz.
Outro ponto forte de Renata é a flexibilidade em relação a orçamentos. “Arquiteto em cima do budget que recebo. Posso compor o projeto de uma kitnet por R$ 30 mil; importar móveis de designers renomados ou pesquisar produtos em e-commerces de baixo custo”, explica.
Para ilustrar o trabalho da arquiteta, o portal selecionou três projetos marcantes de sua carreira. Confira:
Ateliê dos sonhos
A especialista esteve à frente do novo espaço da Mandié, grife de Amanda Guerra. “O ambiente é contemporâneo e contextualiza o romantismo das peças em um cenário atual e moderno”, descreve.
“O local foi pensado para acolher, surpreender e divertir as mulheres durante o processo da elaboração de vestidos”, complementa. As cores predominantes são o rosa, o cinza e o cobre. O último aparece em detalhes do mobiliário, painéis nas paredes e nas araras.
Restaurante sensorial
Renata foi a idealizadora do projeto arquitetônico do restaurante oficial da CasaCor Brasília 2018. Batizado de Libertad, o gastrospot era capitaneado pelo chef Marco Espinoza, responsável também pelo menu do premiado Taypá.
“Em conjunto com o escritório de design Avocado, busquei criar uma experiência lúdica. Escolhi materiais que provocassem os sentidos e despertassem a curiosidade dos visitantes. Destaque para o piso feito com retalhos de mármore e o quadroline, um revestimento de alumínio usado da parede ao teto”, cita. Os tons predominantes foram o grafite e o verde.
Digna de editorial
A profissional criou a área interna de uma casa projetada por Denise Zuba no Lago Sul. Lar de um casal e um recém-nascido, a residência é digna de editorial.
“A ideia foi unir peças ricas em memória afetiva e itens imponentes de colecionador. O resultado é um conjunto de cômodos cheios de história, que transitam pelos estilos clássico e contemporâneo”, analisa. O ponto de cor é dado pelo sofá central, revestido por um tecido de camurça roxo.