“Museu vivo”: apartamento na Asa Sul cheio de arte é lar de família
A família, “guardiã” de mobiliário de época trazido da França, queria unir o clássico ao moderno em projeto fluido e integrado
atualizado
Compartilhar notícia
Não é fácil misturar arte e mobília de época em projetos jovens e leves. Mas foi o que a arquiteta Clarice Semerene fez no apartamento Herringbone, na 305 sul. O nome significa “espinha de peixe” e a casa foi batizada por conta do padrão do piso de taco original do prédio, que foi erguido na década de 1960.
“A mãe é colecionadora de arte e ‘guardiã’ de uma mobília de época trazida da França e que há anos pertence à família de origem francesa. As filhas adolescentes adoram receber amigos para estudar e se divertir. É uma casa movimentada, casual e ao mesmo tempo um ‘museu vivo’, carregado de história e arte”, explica a arquiteta. O objetivo era aliar toda a bagagem familiar à vida movimentada das adolescentes, respeitando ainda o modernismo clássico de Brasília.
Para criar o projeto, Clarice optou por um espaço mais fluido, integrado. Para isso, pôs abaixo as paredes da cozinha e tornou a área um ponto de encontro da família. Foi criada também uma ilha para juntar várias atividades. O cobogó, que ficava escondido na área de serviço, ganhou destaque e permite a ventilação cruzada, deixando o apartamento mais agradável. É na cozinha que as meninas estudam, cozinham e recebem os amigos.
Para dar ainda mais destaque ao projeto original do prédio, a arquiteta escolheu materiais que remetem aos anos 1960, como mármore carrara e azulejos. Nas paredes, elementos neutros para distribuir as obras de arte como em uma galeria, mantendo o olhar nas telas.“A neutralidade e sobriedade típicas do modernismo, e que estão presentes no projeto, dão leveza e destaque ao mobiliário antigo. As linhas puras do apartamento e os ornamentos dos móveis de época se harmonizam e equilibram o ambiente”, afirma Clarice.
Veja algumas fotos do projeto: