Conhecido e prestigiado no mundo inteiro, o mobiliário brasileiro participará, pela segunda vez, de um leilão na Europa. A Design + Art do Brasil acontece entre os dias 9 e 13 de dezembro em Paris, na principal casa de leilões do continente quando se fala em design, a Piasa. A mostra tem curadoria de Sophie Su e o intuito é destacar o trabalho histórico e contemporâneo fabricado em terras brasileiras. São 130 peças de Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues, Zanine Caldas, Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Giuseppe Scapinelli, além do brasiliense Samuel Lamas.
Na primeira edição do evento, que aconteceu em 2016, foram levantados mais de um milhão de euros. A cadeira “Três Pés”, de Joaquim Tenreiro, teve o maior lance e foi comprada por 168.300 euros. Segundo a organização do leilão, as criações brasileiras, raras na Europa, são reconhecidas e procuradas por colecionadores.
Algumas peças populares estão no inventário: a cadeira Easy Chair, de Niemeyer, e a Diz, de Sergio Rodrigues, por exemplo. Lamas está representado no leilão com dois objetos. Entre eles, a poltrona Helena, criada à mão especificamente para o evento. “Me sinto feliz e honrado de estar nessa seleção, em que figuram os principais designers e artistas do país”, afirma o arquiteto.
No catálogo da Design + Art do Brasil, as peças aparecem já com uma previsão média dos lances — a maioria começa em dois mil euros. Confira alguns dos objetos:
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Easy Chair (1971), de Oscar Niemeyer. Os lances iniciais vão de 10 mil a 15 mil euros
Art + Design do Brasil/Divulgação
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Diz (anos 2000), de Sergio Rodrigues. Feitas em Peroba de Campo, as poltronas mostram o trabalho mais maduro do designer. Os lances vão de 5.500 a 7.500 euros
Art + Design do Brasil/Divulgação
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Mesa Frame (2015) e poltrona Helena (2017), de Samuel Lamas. As peças fazem parte de um exercício de minimalismo geométrico. As poltronas foram criadas para o evento e são assinadas e numeradas (lances de 2 a 3 mil euros). A mesa baixa, feita em metal e vidro, também é assinada (lances entre 1.500 e 2.500 euros)
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Biblioteca, de Joaquim Tenreiro (década de 1950). A estante em madeira de Caviuna espera lances entre 10 e 15 mil euros
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A Costela (anos 1950), de Carlo Hauner e Martin Eisler. Feita em metal, tecido e madeira de Caviuna. Os lances vão de 4 a 6 mil euros
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Não me toque (1999), de Carlos Motta. Confeccionada em várias madeiras da Amazônia, cada pedaço foi moldado como um espinho para criar uma peça agressiva. Espera lances entre 25 e 35 mil euros
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Poltrona sem nome (anos 1950), de Giuseppe Scapinelli. Feita em madeira de Caviuna e tecido. Lances de 3.500 a 4.500 euros. Já o sofá Sofia (anos 1960) tem assinatura do Liceu de Artes e Ofícios. Espera entre 5.500 e 7.500 euros
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Void (2017), do Estudio Ludi. Criada a partir de placas de metal dobradas, pretende oferecer "conforto onde a solidão é esperada". Lances de 2.800 a 3.200 euros
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A Regg (2016), da Lattoog, faz referência a uma rede que encontra a tradicional poltrona Egg, de Arne Jacobsen. Lances entre 10 e 15 mil euros
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Lua (2010), de Julia Krantz. Construída a partir da ideia de um casulo, a peça é única e assinada. Lances entre 6 e 9 mil euros
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Quer tentar um lance?
O leilão acontece na França, mas é possível participar à distância. Basta fazer a inscrição no site da Piasa e preencher um formulário com o lance.
