Japandi: nova tendência mixa os designs japonês e nórdico na decoração
Conheça o estilo de décor que mescla o minimalismo do design japonês e a elegância e o conforto da estética escandinava
atualizado
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Quando o assunto é Japandi, simplicidade e aconchego são as palavras de ordem. A tendência, batizada da junção das palavras “Japan“ (Japão, em inglês) e “Scandi“ (apelido da Escandinávia), tem se popularizado entre os entusiastas do décor por misturar com delicadeza elementos das duas culturas.
O estilo é fundamentado na filosofia japonesa Wabi-Sabi, que valoriza as marcas do tempo e a beleza da imperfeição, e também no conceito nórdico Hygee – que evoca a sensação de aconchego e bem-estar. Segundo os arquitetos Lucas Blaia e Bruno Moura, sócios do escritório Blaia e Moura Arquitetos, o resultado desse mix é uma casa autêntica e versátil, onde conforto e simplicidade convivem em plena harmonia.
“O Japandi caiu na graça das pessoas por ser sinônimo de leveza, calmaria e tranquilidade. Valorizando nossas histórias pessoais e a busca por uma vida mais lenta, esse estilo lança um olhar diferenciado para as nossas casas, ressaltando o desejo de usufruirmos dos ambientes com mais conforto” explica a dupla.
Reverenciando o passado, com os pés firmes na tradição e no bem-estar, buscando apenas o essencial e tendo sempre em vista a efemeridade das coisas, quem aposta nesse tipo de décor preza por um lar sóbrio, minimalista, funcional e livre de excessos. Dessa forma, o trabalho, o ócio e o lazer não precisam mais disputar espaço entre si.
De acordo com Lucas e Bruno, o primeiro passo para alcançar uma casa inspirada no Japandi é priorizar uma quantidade reduzida de móveis com design simples, preferencialmente baixos, de forma a facilitar a vida cotidiana e a evidenciar a amplitude dos ambientes.
Quanto mais funcionais forem os móveis, mais fácil será adaptá-los aos espaços e às necessidades dos moradores da casa, tornando-a mais prática e aconchegante.
Outra premissa desse tipo de décor é a valorização das matérias-primas. “Como esse conceito preza pelo uso de materiais naturais, itens trabalhados em madeira, palha, bambu, vime, cerâmica, cimento, crochê, linho e algodão são boas opções” afirmam os arquitetos.
Esses materiais rústicos são mais que bem-vindos, já que a cultura japonesa aprecia todas as coisas que duram.
Valor afetivo
Justamente pela estética remeter às nossas raízes e histórias, objetos com valor afetivo e peças artesanais não podem faltar. As lanternas japonesas, por exemplo, são cheias de personalidade e podem ser um aceno simples e certeiro à cultura oriental no momento de decorar os cômodos.
Na hora de colorir as paredes, por fim, priorize uma paleta mais neutra. Vale apostar em cores sóbrias e claras – como branco, cinza, bege, rosé e terracota –, que contribuem na construção de uma atmosfera mais serena e contemplativa.