Aprenda como reaproveitar madeiras sem precisar de um marceneiro
Móveis sem muitos cortes podem ser feitos em casa, com auxílio de ferramentas simples
atualizado
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O distanciamento social causado pela pandemia do novo coronavírus evidenciou um novo hobby: a marcenaria. O passatempo produz novos móveis e decorações a partir de itens antigos reaproveitados. O resultado depende das condições do material, da criatividade e habilidade de quem for construir.
Segundo Rafael Gonçalves, especialista em marcenaria, peças retas com menos cortes são as melhores alternativas para iniciantes. É o caso de mesas, banquinhos, prateleiras, cabeceiras e escrivaninhas ou, até mesmo, criado-mudos e estantes. Além da madeira, é necessário ter em mãos cola especial, parafusadeira e furadeira, que não danificam o material. Para a pintura, tiner e estofa são os mais indicados, porque não mancham.
O corte das madeiras pode ser feito com serrote ou máquinas elétricas. Rafael assegura que o resultado é semelhante ao de um profissional. Agora, se a ideia for fazer itens mais complexos, ele indica procurar um especialista. “Com conhecimento básico e ferramentas, qualquer pessoa consegue”, explica.
A designer de interiores Greice Cardoso recomenda que, antes de começar a construir o novo móvel, a pessoa procure o máximo de informações na internet e com nomes que entendam do assunto. Assim, evita a perda de material durante a modificação.
Material
O resultado da empreitada depende do tipo e das condições da madeira do móvel de reuso. Madeiras de lei e mais antigas são ótimas para decoração, porque, quanto mais envelhecidas, mais rústicas. “Esse tipo de móvel tem saído mais caro do que os novos ultimamente, devido à alta durabilidade”, explica Rafael.
As madeiras provenientes de móveis planejados, como balcões e guarda-roupas, podem ser utilizadas como novas mesas ou prateleiras. É importante que não sejam colocadas em locais com incidência excessiva de sol ou água, porque podem estragar. “O guarda-roupa é o que mais gasta material de um ambiente planejado, então, tem muita opção para reaproveitar”, afirma Rafael.
Custo e benefício
Por outro lado, se a pessoa não quiser fazer o móvel sozinha, tem a alternativa de ir atrás de um profissional. Isso porque, com o material sem uso em mãos, a criação do móvel sai muito mais barata do que se fosse começar tudo do zero. Rafael explica que é muito comum clientes o procurarem para refazer móveis antigos, justamente pela redução de custo da operação.
De acordo com Greice, as madeiras que sobram de outros móveis também são reaproveitadas para a criação de pequenas peças. “Muitas vezes, na compra de uma cozinha ou quarto planejado, a sobra do material permite fazer um gabinete para pia de banheiro, por exemplo. O cliente custearia somente a ferragem adicional, porque o material já estaria dentro do valor que foi pago”, afirma. Além de mais econômica, a medida ainda é sustentável. O “bolso” e o meio ambiente agradecem.