Xô preguiça! Veja como deixar as manhãs de inverno mais ativas
Mentalidade positiva, boa alimentação, atividades físicas e metas ajudam a deixar a fadiga de lado
atualizado
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O inverno começou há poucos dias e já é possível ver sinais de queda da produtividade. A preguiça vem, falta disposição, as baixas temperaturas compelem as pessoas a ficar em casa e realizar as tarefas diárias se torna uma meta bem mais difícil.
Para ajudar a manter a disposição e expulsar a preguiça durante o inverno, o Metrópoles pediu que especialistas dessem dicas de como manter a energia e animação durante a temporada mais fria do ano.
Fatores como ansiedade, estresse e sono excessivo também contribuem para a procrastinação. “No inverno, normalmente, gastamos mais energia para manter a temperatura corporal, por isso sentimos essa sensação de cansaço e fadiga. Outro fator é o aumento da produção de melatonina, hormônio do sono”, aponta a psicóloga.
Para Lia, o grande segredo para combater a preguiça é se forçar a começar. “Depois que começamos qualquer atividade diária, tanto no trabalho, quanto nos exercícios físicos fica mais fácil seguir em frente. O importante é dar o primeiro passo”, opina. Ela ainda aponta que se recompensar por ter realizado as metas tem efeito positivo.
A psicóloga também afirma ser importante manter uma rotina de exercícios físicos, ainda que apenas pequenas caminhadas. “Quando o corpo está em movimento, há uma liberação de endorfina, o hormônio do bem-estar”, aponta. Lia ressalta ainda que é essencial passar tempo fora de casa. “Busque energia ao ar livre”, recomenda.
As baixas temperaturas não são desculpa para deixar de se exercitar. O nutricionista e educador físico Fernando Castro aponta que, fisiologicamente, o corpo está mais apto e preparado para a atividade física no inverno, já que o metabolismo vai ficar levemente acelerado para aumentar o calor do corpo. “Porém, ao nos darmos mais conforto, com agasalhos e comidas quentes, acabamos artificialmente dando ao corpo uma sensação que ele está adaptado. Como ele não precisa mais combater o frio externo, acaba reduzindo o metabolismo e daí vem a sensação de preguiça”, explica.
Para começar o dia com o pé direito, o nutricionista recomenda uma alimentação equilibrada. “Você precisa de um pouco de carboidrato, proteínas e lipídeos. Também é um bom horário para a inclusão de um chá ou café, justamente pelo poder termogênico”, aponta. Ele ainda acrescenta que as pessoas não devem se esquecer de tomar pelo menos dois litros de água por dia.
A nutricionista Melissa Andrade ressalta a importância do café da manhã. “É necessário que seja uma refeição que nos forneça energia e nutrientes para o funcionamento adequado do nosso corpo. Mas como no frio já temos essa sensação de preguiça, ingerir alimentos ricos em carboidratos refinados, gordura de qualidade ruim e em exagero, faz com que nos sintamos ainda mais indispostos e com mais fome ao longo do dia”, explica.
Manter uma dieta regular, evitar a tentação de alterar a alimentação consumindo comidas mais calóricas e, principalmente, não aumentar as fontes de carboidrato e optar por alimentos termogênicos são algumas estratégias para espantar a fadiga. “Os insumos termogênicos são justamente aqueles que favorecem ou induzem o organismo a aumentar a temperatura corporal, como o gengibre, pimenta, café, chá branco e chá verde”, ensina Fernando.
Fernando afirma que as pessoas tendem a buscar alimentos mais calóricos, já que o organismo sente a necessidade de gerar “calor” para combater o frio. “Mas isso altera a glicemia de maneira rápida, o que vai gerar preguiça”, comenta.
Para driblar a preguiça, o ideal é deixar o corpo se adaptar a temperatura externa. “O uso de roupa mais quente pode ser utilizada para ajudar no aquecimento. Com o corpo aquecido, deve-se fazer a atividade física com roupas mais leves, o que vai tornar o exercício agradável, e aumentar o metabolismo, favorecendo a queima de calorias extras”, comenta.
Fernando recomenda ainda fazer mais alongamentos pois o frio tende a deixar os músculos, tendões e articulações mais duros. “Deve-se começar lentamente e, com calma, aumentar a exigência do movimento, tanto no início como no final da atividade. Isso prepara as fibras musculares para a atividade física e diminui a sensação de dores após o exercício”, informa.
A nefrologista da Clínica de Doenças Renais de Brasília (CDRB) Maria Letícia Reis aponta que durante épocas frias é comum que as pessoas tomem menos líquidos. “Isso pode repercutir negativamente no estado de hidratação da pessoa, passando a ser um fator de risco para a formação de cálculos renais”, explica.
Para quem pratica atividades físicas vigorosas, a falta de hidratação pode ter consequências piores. “Por causa da perda de líquidos pelo suor, a desidratação pode ocasionar uma quebra muscular, podendo culminar numa doença chamada rabdomiólise”, comenta Maria Letícia. Ela recomenda ingerir pelo menos dois litros de água, moderar a ingestação de sal e proteínas animais de noite e evitar chás com alta concentração de “oxalato de cálcio”.